Os selos das comidas tradicionais do Brasil e México à base de milho e mandioca são mais um da Série Relações Diplomáticas dos Correios do Brasil.

A imagem do selo brasileiro é a reprodução da foto de uma tradicional mesa de café, com espigas de milho e a raiz de mandioca, bem como algumas iguarias delas derivadas: broa e bolo de milho, pamonha, bolo de mandioca, pão de queijo, tapioca e beiju.

Selo Milho e Mandioca: comida tradicional do Brasil/México

Complementando o cenário, bule e xícaras de ágata, característicos dos lanches originalmente servidos, sobretudo nas cidades interioranas e zonas rurais. Toalhas vermelha e branca ressaltam os pratos e a decoração do momento.

Carimbo do 1º dia de circulação do selo Brasil e México: comidas tradicionais de milho e mandioca

O selo mexicano divulga um de seus tradicionais pratos, Pozole, uma sopa, ou guizado, cuja origem é da era pré-colombiana, feita à base de milho, de carne e caldo de porco e servida com o acompanhamento de alface, rabanete, limão e outros ingredientes.

Selo Pozole: comida tradicional do Brasil/México

Junto ao prato, o molho de rabanete, a espiga de milho e um copo de refresco de hibisco, conhecido no México como ‘Jamaica’, e a flor com que se faz a bebida completam a composição da imagem do selo. Técnicas utilizadas: fotografia e computação gráfica.

Informações técnicas dos selos
Edital nº 7/2012
Fotos Brasil:Caio Nantes
México: Sergio Barranca Rábago
Processo de Impressão Ofsete Folha com 24 selos, sendo 12 de cada
Papel Cuchê gomado
Valor facial R$ 2,30
Tiragem 300.000 selos, sendo 150.000 de cada
Área de desenho 38mm x 38mm
Picotagem 11,5 x 11,5
Data de emissão 01/06/2012
Locais de lançamento Patos de Minas-MG e Brasília-DF
Peça Filatélica Envelope de 1° Dia de Circulação
Impressão Casa da Moeda do Brasil
Prazo de comercialização pela ECT Até 31 de dezembro de 2015
Código de comercialização 852009283

O milho e a mandioca

O milho e a mandioca, fortes elementos da identidade e do patrimônio cultural brasileiro, participam do sistema alimentar e das práticas culinárias associadas. Seu uso e produção diferem-se no território nacional e permitem rica leitura de tradições e hábitos da população, evidenciando influências indígenas, africanas, portuguesas, dentre outras.

Formas de plantio, tipo, uso diferenciado de lugar a lugar, variados costumes e preparos das comidas, tabus e superstições, práticas individuais e coletivas e transmissão de saberes de geração em geração, sintetizam e identificam culinárias regionais e a estruturação social dos grupos envolvidos.

Reconhecer sistemas agrícolas e alimentares tradicionais, elementos e práticas interdependentes de um sistema cultural complexo, suas formas de produção e consumo remete, no âmbito do Patrimônio Imaterial, às celebrações, aos lugares e às formas de expressão de um povo.

É indígena a culinária que deriva do milho e da mandioca, introduzida no sistema alimentar ocidental. Nela destacam-se comidas de forte valor cultural, nas várias regiões e grupos sociais brasileiros, como a canjica, a pamonha e o angu derivados do milho, a farinha, o beiju, o tucupi, o tacacá e a tapioca derivados da mandioca.

Assim como a mandioca mantém relação com os povos indígenas da Amazônia, o milho se relaciona aos povos Guarani, suas tradições e religiosidades presentes no Brasil, e em países vizinhos.

A história do milho está intimamente relacionada com o México, um dos maiores produtores desse cereal.

Por proporcionar diversidade no seu uso, exerce, também, papel de fundamental importância na gastronomia mexicana, cuja permanência ocorre desde centenas de gerações, que têm no milho o ingrediente básico para sua culinária.

Esta emissão registra não apenas a importância histórica do milho e da mandioca na cultura brasileira, mas, também, o bom relacionamento entre os dois países, Brasil e México, divulgando, nos selos, pratos tradicionais à base desses ingredientes: o selo brasileiro retrata ‘quitutes’ variados e o selo mexicano a tradicional sopa pozole.

Fonte:
Edital de emissão do selo, texto de Célia Corsino Diretora do Departamento do Patrimônio Imaterial Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN.

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