A história da China é rica e complexa, abrangendo milhares de anos de desenvolvimento cultural, político e econômico.

Desde as primeiras civilizações da Era Xia e Shang, até a fundação de muitas dinastias icônicas como Zhou, Qin, Han, Tang, Song, Ming e Qing, a China sempre desempenhou um papel crucial no cenário mundial.

Por milênios, a China foi uma das maiores e mais avançadas sociedades do mundo, com muitas realizações notáveis em arte, literatura, filosofia, ciência e tecnologia.

No entanto, a história da China também foi marcada por conflitos internos, guerras e invasões estrangeiras, com muitos períodos de tumulto e mudança.

Neste artigo, vamos explorar os principais eventos e dinastias da história chinesa, desde as origens antigas até o século XX, para entender melhor o desenvolvimento da civilização chinesa e sua influência no mundo de hoje.

A história chinesa é tradicionalmente dividida em várias eras que se sobrepõem e se sucedem ao longo dos séculos. Aqui estão as principais eras da história chinesa:

1. Era Xia (c. 2100 a.C. - c. 1600 a.C.)

A Era Xia (c. 2100 a.C. - c. 1600 a.C.) é considerada a primeira dinastia da história chinesa, embora sua existência tenha sido objeto de debate entre historiadores. Segundo a tradição, a dinastia Xia foi fundada por Yu, um líder lendário que teria organizado a construção de diques e canais para controlar as inundações do rio Amarelo.

Durante a Era Xia, a sociedade chinesa era principalmente agrícola, e a economia dependia da produção de cereais, como arroz e milhete, e da criação de gado e porcos. A artefatos de bronze, jade e cerâmica foram produzidos e decorados com imagens de animais, dragões e outros símbolos religiosos.

Alguns dos desenvolvimentos mais significativos da Era Xia incluem o uso da escrita em ossos oraculares para adivinhação, o surgimento de rituais religiosos e a criação de um sistema hierárquico de governança, com um rei hereditário no topo e uma classe de aristocratas abaixo dele.

A Era Xia chegou ao fim com a rebelião liderada pelo herói cultural Hou Yi, que teria derrubado o último rei da dinastia Xia, Jie, e fundado a dinastia Shang. Muito do que se sabe sobre a Era Xia é baseado em lendas e tradições transmitidas oralmente, e os registros históricos escritos dessa época são escassos.

2. Era Shang (c. 1600 a.C. - c. 1046 a.C.)

A Era Shang (c. 1600 a.C. - c. 1046 a.C.) é a segunda dinastia da história chinesa, cuja existência é amplamente aceita por historiadores. Durante a Era Shang, a China passou por importantes mudanças políticas, sociais e culturais.

A sociedade era liderada por uma monarquia hereditária, com o rei no topo da hierarquia social. A economia era baseada na agricultura, com destaque para a produção de milhete, arroz, trigo e sorgo. A metalurgia, em particular a produção de bronze, se desenvolveu bastante, e as cerâmicas e jade eram outros itens importantes de artesanato.

Os governantes Shang construíram uma forte administração centralizada, estabelecendo um sistema de tributos que ajudou a manter o controle sobre as áreas periféricas do império. Também foram criados um exército permanente e um sistema de escrita em caracteres oraculares, gravados em ossos e cascos de tartaruga, que são valiosas fontes de informações sobre a época.

A religião desempenhou um papel importante na vida dos Shang, com rituais que incluíam o uso de oráculos e sacrifícios humanos e animais. A arte e a cultura também floresceram, com a produção de objetos de bronze, cerâmica e jade, muitos deles ricamente decorados com imagens de animais, figuras humanas e símbolos religiosos.

A Era Shang chegou ao fim com a rebelião liderada por Wu Wang, que derrubou o último rei Shang, Zhou Xin, e fundou a dinastia Zhou.

3. Era Zhou (c. 1046 a.C. - 256 a.C.)

A Era Zhou (c. 1046 a.C. - 256 a.C.) é a terceira e mais longa dinastia da história chinesa, dividida em dois períodos principais: Zhou Ocidental (c. 1046 a.C. - 771 a.C.) e Zhou Oriental (771 a.C. - 256 a.C.). Durante a Era Zhou, a China passou por significativas mudanças políticas, econômicas, culturais e sociais.

A dinastia Zhou foi fundada por Wu Wang, que liderou uma rebelião contra o último rei da dinastia Shang, com a ajuda de seu irmão mais novo, o duque de Zhou. O início da dinastia foi marcado por uma forte centralização do poder, com a criação de uma burocracia governamental que dividia o poder entre diversos ministérios.

A economia Zhou se baseou na agricultura e na produção de artesanatos, como o bronze e a seda. O uso de moedas de bronze para facilitar as trocas comerciais foi um importante avanço, e durante a Era Zhou também surgiram importantes invenções, como o arado de ferro e o papel.

Durante a Era Zhou, a filosofia e a religião chinesas se desenvolveram, com pensadores como Confúcio e Laozi deixando importantes contribuições. As crenças religiosas, que incluíam o culto aos ancestrais, o taoismo e o confucionismo, influenciaram fortemente a sociedade chinesa.

A Era Zhou Ocidental chegou ao fim com a invasão de bárbaros ocidentais, enquanto a Era Zhou Oriental foi marcada por um processo de fragmentação política e conflitos internos, que acabaram levando à queda da dinastia. Apesar disso, a Era Zhou é vista como uma época fundamental na história chinesa, que influenciou profundamente a cultura, a política e a sociedade chinesas até os dias de hoje.

4. Período dos Estados Combatentes (475 a.C. - 221 a.C.)

O Período dos Estados Combatentes (475 a.C. - 221 a.C.) é um período da história chinesa caracterizado por conflitos constantes entre os estados feudais da China. Foi um período de grandes mudanças políticas, econômicas, militares, culturais e filosóficas.

Durante o Período dos Estados Combatentes, os estados feudais chineses estavam constantemente em guerra uns com os outros, com alianças políticas e militares em constante mudança. A guerra incentivou avanços militares e tecnológicos, como a adoção de cavalos e carros de guerra, bem como o desenvolvimento de estratégias de guerra.

A filosofia também teve um grande impacto no Período dos Estados Combatentes. Pensadores como Confúcio, Mencius e Laozi deixaram importantes contribuições e estabeleceram escolas de pensamento que influenciaram profundamente a cultura chinesa. Suas ideias também ajudaram a moldar a política dos estados feudais.

A economia chinesa durante esse período estava baseada na agricultura, mas também incluía o comércio de mercadorias como seda, cerâmica e bronze. A moeda de cobre se tornou mais amplamente utilizada para facilitar as transações comerciais.

O Período dos Estados Combatentes chegou ao fim com a unificação da China sob a dinastia Qin, que foi estabelecida por meio de uma série de conquistas militares e políticas. A unificação da China sob o domínio dos Qin marcou o fim de um período de conflitos e fragmentação política, e o início de uma nova era na história chinesa.

5. Dinastia Qin (221 a.C. - 206 a.C.)

A Dinastia Qin (221 a.C. - 206 a.C.) foi a primeira dinastia a unificar a China e estabelecer um governo centralizado. Foi fundada por Qin Shi Huangdi, que se tornou o primeiro imperador da China. Durante o curto período de existência da dinastia, foram implementadas importantes reformas políticas, econômicas e culturais que tiveram um grande impacto na história chinesa.

Uma das principais realizações da Dinastia Qin foi a unificação da China, que foi conquistada por meio de uma série de campanhas militares bem-sucedidas. O imperador Qin Shi Huangdi também introduziu reformas políticas importantes, como a criação de um sistema burocrático centralizado e a padronização das leis, moedas, pesos e medidas em todo o império.

A economia Qin se baseou na agricultura, mas também incluiu a construção de estradas, canais e outras infraestruturas que facilitaram o comércio e a comunicação em todo o império. A construção da Grande Muralha da China também começou durante o reinado de Qin Shi Huangdi.

A cultura e a arte Qin foram caracterizadas pela rigidez e pela uniformidade, com o imperador promovendo a padronização de tudo, desde as leis e os pesos até a linguagem e a escrita. A queima de livros e a execução de intelectuais que não se conformavam às políticas do imperador também foram uma característica do período.

A Dinastia Qin chegou ao fim com a morte do imperador Qin Shi Huangdi, que foi sucedido por seu filho, que governou por apenas alguns anos antes de ser deposto. A dinastia foi substituída pela Dinastia Han, que construiu sobre as fundações estabelecidas pelos Qin e governou a China por mais de 400 anos.

6. Dinastia Han (206 a.C. - 220 d.C.)

A Dinastia Han (206 a.C. - 220 d.C.) foi uma das mais importantes dinastias da história chinesa, que sucedeu a Dinastia Qin e durou por mais de 400 anos. Durante o reinado da Dinastia Han, a China experimentou um período de grande prosperidade e avanço econômico, político, militar, científico e cultural.

Uma das principais realizações da Dinastia Han foi a consolidação e expansão do império, com a criação de um sistema de governo centralizado e burocrático que permitiu a coesão e a governança efetiva de todo o império. As conquistas militares também ajudaram a expandir o território chinês para o norte, oeste e sul.

A economia Han foi baseada na agricultura, mas também incluiu o comércio de seda, porcelana, papel, e outras mercadorias. Foi um período de avanço tecnológico, com a invenção do papel, do bloco de impressão, do compasso e de muitas outras inovações. A Rota da Seda, que conectava a China com a Europa, foi uma importante rota comercial durante a Dinastia Han.

A cultura e a arte Han foram caracterizadas por um florescimento intelectual e artístico. A literatura, a poesia, a música e as artes visuais floresceram durante este período, e a filosofia confuciana tornou-se a base da educação e da governança. Grandes obras de arquitetura, como o Grande Canal e o Palácio de Weiyang, também foram construídas durante o período Han.

A Dinastia Han chegou ao fim com uma série de conflitos internos e externos, incluindo rebeliões populares, invasões bárbaras e lutas pelo poder dentro da corte imperial. A Dinastia Han foi seguida por um período de desordem e fragmentação política conhecido como os "Três Reinos", que durou até a unificação da China sob a Dinastia Sui em 581 d.C.

7. Período dos Três Reinos (220 d.C. - 280 d.C.)

O Período dos Três Reinos (220 - 280 d.C.) foi um período de fragmentação política e militar na China, que se seguiu ao fim da Dinastia Han. Durante este período, três estados rivais, Wei, Shu e Wu, lutaram pelo controle da China, resultando em uma série de guerras e conflitos.

A era foi marcada por um grande número de batalhas, alianças e traições, e muitos heróis e vilões surgiram neste período. As lutas mais importantes foram entre o Reino de Wei no norte, o Reino de Shu no sudoeste e o Reino de Wu no sudeste.

Os governantes desses reinos, Cao Cao de Wei, Liu Bei de Shu e Sun Quan de Wu, foram figuras notáveis da época e suas histórias foram imortalizadas na literatura e na cultura popular chinesa. Outros heróis famosos incluem o general Guan Yu e o estrategista Zhuge Liang.

A cultura e a economia do período foram afetadas pela guerra constante. A produção agrícola diminuiu, e a maioria dos recursos foi dedicada à guerra. O confucionismo continuou sendo a principal filosofia, mas outras crenças, como o taoismo e o budismo, também ganharam destaque.

O Período dos Três Reinos terminou com a reunificação da China sob a Dinastia Jin, que conseguiu estabelecer um governo centralizado e governou a China por cerca de 300 anos. Apesar de ser um período turbulento, o Período dos Três Reinos é lembrado como um período de grande heroísmo e de grandes figuras históricas. Sua história é contada em muitas obras de literatura, arte e cultura popular chinesa até hoje.

8. Dinastias Jin (265 d.C. - 420 d.C.)

As Dinastias Jin (265 - 420 d.C.) foram duas dinastias sucessivas que governaram a China após a queda do Período dos Três Reinos. A dinastia Wei do norte, que substituiu a dinastia Han, foi substituída pela dinastia Jin do oeste, que mais tarde foi substituída pela dinastia Jin do leste.

Durante as Dinastias Jin, a China passou por um período de recuperação e renovação. As autoridades centralizaram o governo e as reformas administrativas foram implementadas, como a separação das funções administrativas e militares. Também ocorreu uma melhoria no comércio e na agricultura, com o surgimento de novas tecnologias e métodos agrícolas.

A cultura também floresceu durante as Dinastias Jin. A poesia, a pintura, a música e outras formas de arte se desenvolveram, e as artes marciais chinesas começaram a ganhar popularidade. O budismo e o taoísmo também se espalharam pelo país, tornando-se importantes religiões na China.

A unificação da China por Sima Yan, que fundou a dinastia Jin do leste, trouxe um período de paz e estabilidade ao país. No entanto, as Dinastias Jin também foram marcadas por conflitos internos, rebeliões e invasões de bárbaros. A corrupção governamental também se tornou um problema, enfraquecendo o poder central e levando a um declínio gradual da dinastia.

No final, as Dinastias Jin não foram capazes de enfrentar as ameaças externas e internas, e a dinastia foi substituída pela Dinastia do Norte e do Sul, que dividiu o país em duas partes durante o período da Dinastia do Sul e do Norte (420 - 589 d.C.). No entanto, as Dinastias Jin foram importantes na história chinesa como um período de transição e de renovação cultural e política.

9. Dinastia Sui (581 d.C. - 618 d.C.)

A Dinastia Sui (581 - 618 d.C.) foi uma dinastia chinesa que sucedeu ao Período das Seis Dinastias e precedeu a Dinastia Tang. A dinastia foi fundada pelo imperador Wen, que unificou a China após um período de guerra civil.

Durante a Dinastia Sui, a China foi governada por uma monarquia centralizada, com o imperador como líder supremo. A administração pública foi reformada e modernizada, com a criação de novos departamentos governamentais e a melhoria dos sistemas de impostos e de controle de terras.

A Dinastia Sui é mais conhecida pela construção do Grand Canal, uma enorme via navegável que conectava o Rio Amarelo e o Rio Yangtze, permitindo o transporte de mercadorias de uma região para outra e impulsionando o comércio na China. Outras obras públicas também foram realizadas, incluindo a construção de fortificações e a expansão da Grande Muralha.

Durante a Dinastia Sui, a cultura chinesa continuou a se desenvolver, com avanços em poesia, literatura, pintura e escultura. O budismo também se tornou uma religião importante na China durante esse período.

No entanto, a Dinastia Sui também foi marcada por conflitos internos e externos, especialmente a guerra contra os coreanos que levou à queda da dinastia. A corrupção governamental e os altos impostos também enfraqueceram a dinastia.

Apesar de ter sido uma dinastia curta, a Dinastia Sui teve um impacto significativo na história da China. Suas realizações em engenharia e administração pública foram cruciais para o desenvolvimento do país, e suas políticas influenciaram a dinastia Tang que se seguiu.

10. Dinastia Tang (618 d.C. - 907 d.C.)

A Dinastia Tang (618 - 907 d.C.) foi uma das dinastias mais prósperas e influentes na história chinesa. Durante o reinado dos Tang, a China experimentou um período de estabilidade e prosperidade, conhecido como a "Era de Ouro" da cultura chinesa.

A dinastia foi fundada por Li Yuan, que estabeleceu a sua capital em Chang'an (hoje Xi'an) e deu início a uma série de conquistas que expandiram o território chinês. Os Tang também implementaram reformas administrativas que fortaleceram o governo central e modernizaram a economia, tornando a China um dos países mais ricos e poderosos do mundo.

Durante a Dinastia Tang, a cultura chinesa floresceu. A poesia, a literatura, a pintura, a música e a dança foram aprimoradas, e a corte imperial tornou-se um importante centro cultural. O budismo e o taoísmo também se desenvolveram, com muitos templos e monastérios sendo construídos em todo o país.

Os Tang também foram pioneiros em inovações tecnológicas, incluindo a impressão em bloco de madeira, o papel-moeda e a bússola magnética. A dinastia também estabeleceu uma rede de rotas comerciais conhecida como a Rota da Seda, que conectou a China com a Ásia Central, o Oriente Médio e a Europa, permitindo o comércio de seda, porcelana, chá e outros bens.

No entanto, a Dinastia Tang também enfrentou desafios, incluindo a corrupção governamental, as revoltas populares e as invasões estrangeiras. No final, a dinastia entrou em declínio e foi substituída pela Dinastia Song.

Apesar disso, a Dinastia Tang continua a ser lembrada como um dos períodos mais brilhantes da história chinesa, caracterizado por avanços culturais, científicos e tecnológicos significativos e uma economia próspera.

11. Cinco Dinastias e Dez Reinos (907 d.C. - 960 d.C.)

O Período das Cinco Dinastias e Dez Reinos é um período de turbulência na história chinesa que ocorreu após a queda da Dinastia Tang e antes da fundação da Dinastia Song. Ele se estendeu de 907 a 960 d.C. e foi marcado por uma sucessão de governantes que governaram partes da China em vez de um governo central unificado.

As Cinco Dinastias, como o nome sugere, são cinco dinastias diferentes que governaram a China do Norte durante este período: Liang Posterior, Tang Posterior, Jin Posterior, Han Posterior e Zhou Posterior. Enquanto isso, as Dez Reinos são dez estados independentes que governaram partes da China do Sul, incluindo Wu, Wuyue, Chu, Min, Han do Sul e Shu. Esses estados variavam em tamanho e poder, alguns deles sendo muito pequenos e governados por senhores da guerra locais.

O Período das Cinco Dinastias e Dez Reinos foi um tempo de instabilidade, guerra e conflito constante entre os diferentes estados. Alguns governantes foram capazes de unir temporariamente partes da China, mas a unidade foi sempre efêmera. O comércio e a economia também sofreram durante este período, com as rotas comerciais da Rota da Seda e a produção agrícola sofrendo com as constantes guerras.

O período terminou com a fundação da Dinastia Song em 960 d.C., que estabeleceu um governo central unificado sobre grande parte da China. No entanto, o Período das Cinco Dinastias e Dez Reinos é lembrado como um momento importante na história chinesa, que levou a mudanças políticas, sociais e culturais significativas.

12. Dinastia Song (960 d.C. - 1279 d.C.)

A Dinastia Song (960-1279) foi uma dinastia chinesa que governou a China após o Período das Cinco Dinastias e Dez Reinos. Ela é conhecida por suas contribuições significativas para a ciência, tecnologia, filosofia e artes.

A Dinastia Song foi dividida em duas partes: a primeira, conhecida como a Dinastia Song do Norte (960-1127), e a segunda, chamada de Dinastia Song do Sul (1127-1279). A dinastia se concentrou na construção de uma economia agrícola mais avançada e na promoção de uma sociedade comercializada. Isso levou a uma maior especialização, desenvolvimento de tecnologias, inovações e um maior nível de prosperidade geral para o país.

A dinastia também foi marcada por importantes avanços científicos e tecnológicos, incluindo o aprimoramento da porcelana, o desenvolvimento da impressão, do papel-moeda, da bússola e a invenção de mecanismos complexos de relógios. A filosofia neoconfucionista também floresceu durante este período, influenciando fortemente a cultura e a sociedade chinesas.

Durante a Dinastia Song, a China enfrentou uma série de ameaças externas, incluindo a invasão dos Khitan, dos Tangute e dos Jin, o que levou à perda gradual de territórios no norte da China. Eventualmente, a dinastia cedeu à dinastia mongol Yuan em 1279.

No entanto, a Dinastia Song é lembrada como um período importante na história chinesa devido às suas contribuições significativas para o desenvolvimento cultural, tecnológico e econômico da China.

13. Dinastia Yuan (1279 d.C. - 1368 d.C.)

A Dinastia Yuan (1279-1368) foi uma dinastia que governou a China após a Dinastia Song. Esta foi a primeira dinastia não chinesa a governar a China, e foi fundada por Kublai Khan, neto de Genghis Khan.

Durante a Dinastia Yuan, a China experimentou uma mistura de culturas, já que a dinastia era de origem mongol e trouxe influências culturais dos povos do norte da Ásia. A dinastia é conhecida por suas conquistas militares, incluindo a conquista do sul da China e a expansão do império para a Coreia e para o Vietnã.

A Dinastia Yuan promoveu o comércio, e as rotas comerciais floresceram entre a China, a Ásia Central e a Europa. A dinastia também encorajou o desenvolvimento da literatura e das artes, com destaque para a poesia, a pintura e a cerâmica.

Durante este período, o confucionismo foi desacreditado, e o budismo, o taoismo e outras religiões foram promovidos. Além disso, a Dinastia Yuan construiu obras públicas, como canais de irrigação, que beneficiaram a população.

No entanto, a Dinastia Yuan foi marcada por revoltas e instabilidade, especialmente devido às políticas discriminatórias contra a população chinesa, o que levou a rebeliões e tumultos. Finalmente, a dinastia caiu para a dinastia Ming em 1368.

14. Dinastia Ming (1368 d.C. - 1644 d.C.)

A Dinastia Ming (1368-1644) foi uma das dinastias mais duradouras da história da China. Ela foi fundada por Zhu Yuanzhang, um ex-monge budista que liderou uma rebelião bem-sucedida contra a Dinastia Yuan e estabeleceu sua capital em Nanquim.

A Dinastia Ming é conhecida por suas conquistas culturais e científicas, bem como por suas grandes construções, incluindo a restauração da Grande Muralha, a construção do Palácio Imperial (a Cidade Proibida) em Pequim e a reconstrução de outros edifícios e monumentos históricos.

Durante a Dinastia Ming, a China viveu um período de relativa estabilidade e prosperidade, com avanços significativos em áreas como agricultura, comércio, navegação, ciência e literatura. O governo Ming também promoveu o confucionismo como ideologia oficial e estabeleceu uma burocracia eficiente e meritocrática para governar o país.

Entre os destaques culturais da Dinastia Ming estão as obras de literatura clássica, a pintura, a porcelana e a arquitetura. Os escritores, poetas e artistas da época produziram algumas das mais belas obras da história da China, muitas das quais continuam a ser apreciadas em todo o mundo hoje.

No entanto, a Dinastia Ming também enfrentou muitos desafios, incluindo rebeliões, secas, fomes e invasões estrangeiras. No final do período, a dinastia entrou em declínio devido a conflitos internos e à corrupção governamental, culminando com a ascensão da Dinastia Qing em 1644.

15. Dinastia Qing (1644 d.C. - 1912 d.C.)

A Dinastia Qing (1644-1912) foi a última dinastia imperial da China, fundada pelos manchus, um povo originário do nordeste da China. A dinastia foi estabelecida após a queda da Dinastia Ming e o subsequente colapso do governo chinês, que permitiu que os manchus invadissem e assumissem o controle do país.

A Dinastia Qing expandiu o império chinês para a Mongólia, Tibete, Taiwan e outras regiões vizinhas. Sob o governo da Dinastia Qing, a China se tornou um dos maiores impérios da história, com vastos recursos e populações que contribuíram para sua riqueza e poder.

A Dinastia Qing adotou muitos aspectos da cultura e da administração chinesas, mas manteve suas próprias tradições e costumes. O governo Qing era centralizado e autoritário, e a sociedade era rigidamente estratificada com base na etnia, com os manchus no topo da hierarquia.

Ao longo do século XIX, a China enfrentou crescentes pressões externas devido ao imperialismo europeu e japonês, o que levou a uma série de conflitos armados, incluindo as Guerras do Ópio e a Guerra Sino-Japonesa.

A Dinastia Qing acabou por ser derrubada em 1912, após a Revolução de Xinhai liderada pelo nacionalista Sun Yat-sen. A dinastia deixou um legado complexo na história chinesa, com muitas realizações culturais e econômicas notáveis, bem como críticas significativas de seu governo autoritário e sua falha em enfrentar as pressões externas e internas.

15. História moderna (1912  d.C. - hoje)

Após a queda da Dinastia Qing em 1912, a China entrou em um período de instabilidade política e social, com várias forças políticas lutando pelo poder. Aqui estão alguns dos principais eventos e desenvolvimentos que ocorreram na China após 1912:

  1. República da China: Em 1912, a República da China foi estabelecida, com Sun Yat-sen como seu primeiro presidente.
  2. Guerra Civil: De 1927 a 1950, a China foi assolada por uma guerra civil entre o Partido Comunista da China, liderado por Mao Zedong, e o Kuomintang (Partido Nacionalista), liderado por Chiang Kai-shek.
  3. Segunda Guerra Mundial: A China também lutou contra a invasão japonesa durante a Segunda Guerra Mundial, de 1937 a 1945.
  4. Fundação da República Popular da China: Em 1949, o Partido Comunista da China emergiu vitorioso na guerra civil e fundou a República Popular da China, com Mao Zedong como seu líder.
  5. Reforma e Abertura: A partir de 1978, a China iniciou um período de reformas econômicas e abertura ao mundo exterior, liderado pelo então líder Deng Xiaoping.
  6. Protestos na Praça da Paz Celestial: Em 1989, protestos estudantis pró-democracia ocorreram na Praça da Paz Celestial em Pequim, que foram reprimidos pelo governo chinês.
  7. Hong Kong e Macau: Em 1997 e 1999, respectivamente, Hong Kong e Macau foram devolvidos à soberania chinesa após séculos de colonização estrangeira.

Desde então, a China emergiu como uma das principais potências econômicas e políticas do mundo.