O selo é uma emissão que apresenta 20 fotos de comidas típicas brasileiras. A folha de selo é composta por pratos doces e salgados que representam a mesa do brasileiro do café da manhã ao jantar. Abaixo de cada imagem temos a descrição de cada prato. As técnicas utilizadas foram fotografia e computação gráfica.
Série América UPAEP – Comidas Típicas Anualmente os correios dos países membros da União Postal das Américas, Espanha e Portugal - UPAEP, realizam uma emissão postal com tema comum.
Neste ano o tema proposto foi "Comidas Típicas". Os Correios convidaram seus funcionários a participar dessa emissão, na preparação e fotografia de pratos típicos. Foram selecionadas vinte sugestões que representam uma pequena amostra do rico universo histórico-cultural da gastronomia brasileira.
Edital nº | 25/2019 |
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Fotógrafo de empregados dos Correios |
Antonio Carlos Belo da Silva, Bernardo de Barros Arribada, Damiane Benazzi Hoffmann, Daniela Angelim de Oliveira, Fernanda O. F. M. Lages Abreu, George Gustavo Salles Afonso, Gracinda de Lima, Helena de Freitas Moura, Juliana Bourguignon Vogas, Juliane Marie Tadaieski Arruda, Laerte da Silva Camargos, Luciana Sousa Camargos, Marcia Maria B. S. Couto, Marilda Rodrigues Silva, Mayralygia T. D. Rufino, Nelson da Rocha Filgueiras, Rauphe Cassimiro da Silva, Ricardo Pinto Ferreira, Sil Petean e Viviane Kelly Coelho Hussar |
Arte-finalização | Jamile Costa Sallum / Correios |
Processo de Impressão | ofsete |
Papel | Couchê gomado |
Folha | Com 20 selos |
Valor facial | 1º Porte Carta Comercial |
Tiragem | 200.000 selos (10.000 de cada) |
Área do desenho | 33 x 33 mm |
Dimensão do selo | 38 x 38 mm |
Picotagem | 11,5 x 11,5 |
Data de emissão | 29/09/2019 |
Locais de lançamento | Bauru-SP, Belém-PA, Belo Horizonte-MG, Brasilia-DF, Porto Alegre-RS, Recife-PE, São Paulo-SP e Vitória-ES |
Impressão | Casa da Moeda do Brasil |
Versão | Departamento de varejo/Correios |
Cód. de comercialização | 852012837 |
Nesses registros fica evidente a presença de comidas típicas das cinco regiões geográficas, bem como a de elementos da ligação histórica com a cultura alimentar indígena, portuguesa e africana. Cada ilustração representa uma comida típica que tem "saber próprio" e pode contar um pouco de sua história, de seus segredos.
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A Feijoada, ícone da cozinha brasileira, já atravessou fronteiras e tem o privilégio de ser celebrada na poesia e na música por clássicos como Vinícius de Moraes, Carlos Drumond de Andrade e Chico Buarque de Holanda.
Arroz com Feijão, trivial nas mesas de qualquer classe social, deu origem ao Baião de Dois que já percorreu outros continentes, faz parte do repertório musical de Luiz Gonzaga e tem receitas em versos na literatura de cordel.
Pamonha cozida, doce ou salgada, embora de consumo nacional, simboliza com mais ênfase o Centro-Oeste pelas variações no preparo: frita, assada, recheada, temperada.
É iguaria tradicional nas festas juninas do Nordeste, região em que o Cuscuz com Carne de Sol e Molho e Bolo de Milho com Doce de Leite são comuns.
O Cuscuz Paulista difere-se do nordestino; agrega à farinha de milho muitos temperos e outros ingredientes. Faz parte dos calendários festivos do Estado de São Paulo.
Pastéis com Caldo de Cana, muito ao gosto nacional, são usuais em feiras livres e eventos populares, com multiplicidade de sabores.
A Paçoca de Amendoim é servida em festinhas e no dia a dia das famílias nas regiões Sul e Sudeste, onde é mais conhecida.
Ocorre o mesmo com o Doce de Abóbora e a Tapioca de Banana da Terra.
Pão de Queijo com Café, apreciado no país inteiro e vendido em infinidades de pontos comerciais, mantém-se como símbolo da comida e da hospitalidade mineira no ambiente familiar e para recepcionar visitas.
Também faz parte da criação da cozinha mineira a combinação da Goiabada com Queijo, popularmente conhecida como "Romeu e Julieta" e de agradável paladar para pessoas de diferentes faixas etárias.
O Prato Feito, modelo popular bem brasileiro, servido fora de casa, é preparado segundo o paladar e o interesse financeiro de quem o vende.
Embora mantenha tradicionais pontos de venda em feiras e mercados públicos e em locais de passagens ou de concentração de trabalhadores, o Prato Feito passou a ter espaço também em Praças de Alimentação de Centros Comerciais e atender um público de maior poder aquisitivo.
Mais recentemente, com uso de tecnologia simplificada entrou no mercado com o nome de "quentinha" e ampliou o contingente de consumidores.
Bolo de Rolo, Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado de Pernambuco, é a "a menina dos olhos" da rica doçaria pernambucana. Vem de uma receita portuguesa que teve o recheio de amêndoas substituído pelo doce de goiaba.
O antigo pudim de leite, também ensinado pelos portugueses, passou a ser conhecido como Pudim de Leite Condensado quando incorporou o novo ingrediente à receita e disseminou-se por todo o País.
No âmbito familiar e em restaurantes, dos mais simples aos mais sofisticados, é sobremesa bastante consumida.
Açaí com Açúcar e Farinha, iguaria paraense em forma de pirão que perde o açúcar quando acompanha peixes.
A Jambuçoba com Guarnições é um refogado de jambu com couve; as folhas dessa hortaliça, utilizadas na composição do prato, provocam sensação anestésica nos lábios dos que o consomem.
São comidas de procedência indígena, de uso cotidiano na região Norte, mas pouco conhecidas no plano nacional por usarem exclusividades amazônicas entre os ingredientes.
A Moqueca Capixaba, requinte da cozinha no Espírito Santo, é referência nacional. Os ritos no preparo levam em consideração além do rigor na seleção dos ingredientes, o tipo de panela mais adequada ao cozimento e culminam com o capricho exigido de cada cozinheiro. Quando preparada em outros Estados, passa por variações tópicas de ingredientes, sem perda de identidade.
Oswaldo Aranha, diplomata e político, elegeu entre suas preferências alimentares um filé servido em determinado restaurante do Rio de Janeiro, quando a cidade ainda era capital do país.
A regularidade com que frequentava o local para saborear esse mesmo prato inspirou o proprietário desse restaurante a acrescentar à iguaria o nome do importante cliente como forma de homenageá-lo no cardápio da Casa.
À época, outros restaurantes incorporaram a receita, e, desde então, o Filé à Oswaldo Aranha, de uso local, é conhecido como prato típico.
Para encerrar esse "banquete" histórico-cultural fica a compreensão que selos e comidas unem-se, simbolicamente, para conectar e difundir sabores e saberes e ajudar a preservar e estimular o uso de comidas típicas e participar da comunicação entre pessoas e povos.
Fonte:
Edital de emissão do selo, texto de Ana Rita Dantas Suassuna Pesquisadora, especialista em Culinária do Sertão e autora do livro "Gastronomia Sertaneja – Receitas que Contam Histórias"
Onde comprar
Os produtos podem ser adquiridos nos seguintes locais:
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