A Imperial Ordem da Rosa destinava-se a premiar civis e militares, nacionais ou estrangeiros, que se distinguissem por sua fidelidade à pessoa do Imperador e por serviços prestados ao Estado.

É uma das ordens honoríficas mais relevantes do Império do Brasil e nesse artigo de Álvaro da Veiga Coimbra, ex-chefe da Seção Técnico-Científica de Numismática do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, temos o mais completo apanhado.

Leitura recomendada para amantes das condecorações.


"Honrado Marquês de Barbacena.

Amigo.

Eu, o Imperador, vos envio muito saudar, como aquele que muito amo. Confiando de vossa fidelidade e inteireza o desempenho do maior serviço que ora podereis fazer tanto à minha pessoa e família, como à Nação Brasileira, mandei expedir pelo ministro competente, as instruções necessárias que devereis seguir à risca, enquanto alguma circunstância imprevista vos não aconselhar a tomar outro expediente. E porque a distância mui grande e eu desejo acelerar quanto for possível o meu casamento, convém que vos habilite com instruções amplas e positivamente minhas.

O meu desejo e grande fim, é obter uma princesa que por seu nascimento, formosura, virtudes e instrução, venha fazer a minha felicidade e a do Império; quando não seja possível reunir as quatro condições, podereis admitir alguma diminuição na primeira e quarta, contanto que a segunda e a terceira, sejam constantes.

Todos os meios que vossa sagacidade e zelo empregar para conseguir este fim, serão por mim aprovados e por isso vos incluo três assinaturas em branco e ponho à vossa disposição a minha legítima

Estou certo que desempenhareis as funções de fiel criado, tanto acompanhando minha filha a Rainha de Portugal para Viena, como Minha Augusta Noiva para o Brasil.

Nosso Senhor vos tenha em sua santa guarda.

Escrito no Palácio do Rio de Janeiro, aos 27 de junho de 1828, 7º da Independência e do Império.

Imperador".

Esta carta, entregue a Barbacena (Felisberto Caldeira Brant Pontes de Oliveira Horta, 19 de setembro de 1772 - 13 de junho de 1842) quando do seu embarque para a Europa, vinha não só relembrar ao digno Caldeira Brant todos os ardentes desejos do Imperador, mas abrir também nas páginas da História um parêntesis onde se poderia escrever — amorpoesiamocidade!

Certamente Barbacena não cogitava em tão lindas palavras: a dupla missão que o levava mares afora, era de molde a pôr à prova todos os seus brios de fidalgo, todo o seu ardil diplomático!

A primeira incumbência era tão honrosa, quanto pesada, levando a Viena a primogênita de D. Pedro I, a fim de bem prepará-la a reinar no trono de Portugal, já então ferozmente usurpado por D. Miguel. Essa atitude do tio e noivo da núbil rainha, constituía séria interrogação para o diplomata.

Mas havia ainda muito mais a fazer; urgia, depois de combater as intrigas que ameaçavam a segurança de D. Maria da Glória, pensar em belezas coroadas, comparar, examinar como num estranho anseio de beleza, todas as princesas de reinos diferentes e segundo o dizer de D. Pedro, eleger aquela cuja beleza e virtudes fossem constantes.

Era realmente o marquês de Barbacena um inspirado selecionador de encantos femininos e hábil ledor de almas, pois a noiva que conduziu a D. Pedro I realizava a aspiração comum da Nação, do Imperador e do próprio Barbacena.

Dona Amélia de Leuchtenberg, Duquesa de Bragança - Litografia de Antoine Maurin, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

Esta maravilha nascida em Munique a 12 de julho de 1812, era filha pelo lado paterno de Eugênio de Beauharnais, duque de Leuchtenberg e Príncipe de Eichstatt, antigo vice-rei da Itália e um dos mais ilustres generais dos exércitos napoleônicos, filho de Josefina e enteado de Napoleão I e pelo lado materno era filha da Princesa Dona Augusta Amélia, filha de Maximiliano I, rei da Baviera e da rainha Dona Maria Guilhermina Augusta, Princesa de Hessen-Darmstadt, sendo portanto Dona Amélia, pelo lado paterno, neta da imperatriz dos franceses.

O casamento realizou-se em Munique, a 2 de agosto de 1829, pelas treze horas, assinando o contrato de casamento por parte da noiva, o Senhor Cavaleiro Nicolau Luís Planat de la Faye, tenente-coronel do Exército de S. M. o rei da Baviera, gentil-homem da Corte, Oficial da Ordem da Legião de Honra da França, Cavaleiro da Ordem do Mérito Civil da Coroa da Baviera e da Real Ordem da Espada, da Suécia.

Por parte do noivo assinava o Excelentíssimo Senhor Felisberto Caldeira Brant Pontes Oliveira e Horta, marquês de Barbacena, Grande do Império, gentil-homem da Imperial Câmara, Veador de S. M. a Imperatriz, Alcaide-mor da Vila de Jaguaribe, Cavaleiro da Real Ordem da Torre e Espada, Grã-Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro, Comendador da Ordem de Cristo, Grã-Cruz da Ordem da Coroa de Ferro da Áustria e depois Grã-Cruz da Imperial Ordem da Rosa.

A 30 de agosto desse mesmo ano, cerca de doze horas, levanta ferros de Portsmouth a divisão naval brasileira sob o comando do conde de Souzel, Oficial-General da Armada, composta das fragatas Imperatriz e Maria Isabel, viajando a bordo da primeira em companhia de seu irmão o príncipe D. Augusto e da princesa D. Maria da Glória, futura rainha de Portugal, a segunda Imperatriz do Brasil, S. Majestade Dona Amélia Augusta Eugênia Napoleão de Beauharnais.

A 16 de outubro chega finalmente à baía da Guanabara a divisão naval. D. Pedro I aguarda no cais, impaciente, o momento oportuno para conhecer aquela que a diplomacia do senhor marquês de Barbacena, havia lhe reservado como esposa e imperatriz. Surdo ao protocolo, não quer aguardar ali a noiva.

Ele irá ao seu encontro, tal como Napoleão I, desprezando a pragmática para alcançar Maria Luisa na estrada de Versailles. Apenas mais feliz que o grande corso, ele achará na esposa uma alma devotada.

Desliza rumo a fragata o galeão imperial conduzindo D. Pedro I. Ei-lo finalmente a bordo. Entre as continências da marinhagem e as salvas estrondosas das baterias, desce ao salão. E aí, junto ao senhor marquês está Dona Amélia.

O que foi esse encontro para o desencantado viúvo de Dona Leopoldina? Foi a prosternação íntima do homem, ante o privilégio sempre raro da beleza!

O Imperador aproxima-se pálido, nervoso e curvando-se numa reverência própria de príncipe, beija suavemente as mãos encantadoras de sua futura esposa e soberana e recebe das pupilas azuis da imperatriz, a mais afetuosa saudação.

D. Pedro I, já agora mais calmo, denunciava sua imensa satisfação e a alegria de que estava possuído ao ter certeza de que a missão do marquês de Barbacena fora cumprida na íntegra, ou melhor, havia suplantado as suas próprias expectativas.

De fato, ser bela, imperatriz, ter somente 17 anos, lindos olhos azuis, vestir-se da cor da rosa, resplandecer na dupla auréola da formosura e poder real, era pedir um símbolo!

E D. Pedro I criou-o, substanciando na Imperial Ordem de Rosa a homenagem à mulher e à soberana.

No dia 17 desembarca Dona Amélia no Arsenal de Marinha. Já aí se encontra o magnífico coche da Casa Imperial puxado por oito soberbos animais.

A Imperatriz toma lugar na carruagem e no meio as maiores aclamações dirige-se em companhia do senhor marquês de Barbacena para a Capela Imperial, onde na maior pompa e magnificência a tão elevadas personagens, realizou-se o casamento que por procuração tinha se efetuado em Viena.

Cerimônia do casamento de D. Pedro I com a princesa Da. Amélia de Leuchtemberg, 2ª Imperatriz do Brasil - Óleo sobre tela pintado por Jean-Baptiste Debret (1768 - 1848) cerca de 1829.

Nesse dia, D. Pedro I assinava um decreto, referendado por José Clemente Pereira, ministro e secretário de Estado dos Negócios do Império, instituindo a belíssima insígnia da Imperial Ordem da Rosa, a última instituída pelo Império do Brasil.

Imperial Ordem da Rosa.

Decreto de 17 de outubro de 1829.

Querendo perpetuar a memória do meu faustíssimo consórcio com a princesa Amélia de Leuchtemberg e Eischstoedt, por uma instituição útil que, assinalando esta época feliz, a conserve com glória na lembrança da posteridade e tendo sido em todos os tempos as distinções honoríficas sabiamente consideradas, não só como dignas recompensas de ações ilustres, mas como eficazes estímulos para empreendê-las e merecer por elas o reconhecimento público: hei por bem criar uma ordem militar e civil, com a denominação de Ordem da Rosa. Nela serão admitidos os beneméritos, tanto nacionais como estrangeiros, que se distinguirem por sua fidelidade à minha augusta pessoa e serviços feitos ao Império, sendo regulada a sua organização pela maneira seguinte:

Art. 1.º — O Imperador do Brasil é, e será sempre, o grã-mestre da ordem e o príncipe imperial herdeiro presuntivo da Coroa, grã-cruz e grande dignitário-mor.

Os outros príncipes da família imperial, serão todos grã-cruzes.

Art. 2.º — Pelas classes em que é dividida, será a Ordem:

1.º — Dezesseis grã-cruzes; oito efetivos a oito honorários. Nos lugares dos efetivos que vagarem por morte, entrarão por antiguidade os honorários.

Ninguém será nomeado grã-cruz, sem ter já por algum título, o tratamento de excelência.

2.º — Dezesseis grandes dignitários, com o tratamento de excelência.

3.º — Trinta e dois dignitários. Só o poderá ser, quem tiver já por algum título, o tratamento de senhoria.

4.º — Os comendadores, oficiais e cavaleiros que eu for servido nomear; gozando os primeiros do tratamento de senhoria; os segundos das honras e continências que competem aos coronéis e os terceiros, às dos capitães.

Art. 3.º — As insígnias que tocam às diferentes classes, são as dos desenhos anexos e a fita cor de rosa e branca.

Art. 4.º — Os grã-cruzes efetivos, usarão de bandas da referida cor, por cima da casaca ou farda, com um colar formado de rosas de ouro e esmalte, nos dias de corte e grande gala.

Nos mais dias, trarão só as bandas por cima da vestia, como os grã-cruzes das outras ordens.

Os honorários usarão do mesmo, sem colar.

Art. 5.º — Os grandes dignitários e os dignitários, trarão a medalha pendente ao pescoço e chapa na casaca, com a diferença de não ter coroa e chapa dos segundos.

Art. 6.º — Os comendadores e oficiais, usarão da medalha e chapa na casaca, com a mesma diferença de não ter coroa e medalha e chapa dos segundos.

Art. 7.º — Os cavaleiros trarão a medalha como usam: os das outras ordens.

Art. 8.º — Os despachos e expediente da Ordem, fica pertencendo à Secretaria de Estado dos Negócios do Império.

José Clemente Pereira do meu conselho, ministro e secretário de Estados dos Negócios do Império, o tenha assim entendido e faça executar.

Palácio do Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1929, 8º da Independência e do Império.

Com a rubrica de Sua Majestade Imperial.

José Clemente Pereira

Surgia assim essa caprichosa peça de joalheria, na mais delicada evocação da História do Brasil.

A Imperial Ordem da Rosa: níveis Cavaleiro, Oficial, Comendador e Dignitário

Vamos descrevê-la: uma estrela de seis pontas, esmaltadas de branco e maçanetas de ouro, assente sobre uma grinalda de rosas folhadas e em sua cor. No disco central do anverso, em ouro cinzelado, o monograma A P (Amélia e Pedro), circundado pela legenda Amor e Fidelidade.

No reverso, a data: 2-8-1828 (data do casamento em Munique) circundada pela legenda Pedro e Amélia nos mesmos esmaltes.

A coroa imperial decora a insígnia dos Cavaleiros, Comendadores, Grandes Dignitários e Grã-Cruzes, honorários e efetivos, sendo que a joia destes últimos pende de um colar de rosas folhadas em sua cor, intercaladas de escudos de ouro com as iniciais do Imperador e sua consorte.

A Imperial Ordem da Rosa: Grande Dignitário, Gran-Cruz Honraria e Gran-Cruz Effetiva

Fitas e bandas rosa-claro com duas orlas de branco.

A Imperial Ordem da Rosa destinava-se a premiar civis e militares, nacionais ou estrangeiros, que se distinguissem por sua fidelidade à pessoa do Imperador e por serviços prestados ao Estado.

Os seus graus até oficial conferiam honras militares[1] e as praças de pré condecoradas não eram sujeitas aos castigo corporal, embora ficassem privadas do uso das respectivas insígnias quando presas[2].

Características da Imperial Ordem da Rosa
Insígnia Grã-cruz
Anverso Estrela branca de seis pontas maçanetadas, unidas por guirlanda de rosas. Ao centro, medalhão
redondo com as letras "P" e "A" entrelaçadas, em relevo, circundado por orla azul-ferrete com
a legenda "AMOR E FIDELIDADE"
Reverso Igual ao anverso, com alteração na inscrição para a data de 2-8-1829, e, na legenda,
para "PEDRO E AMÉLIA"
Fita e banda De cor rosa-claro, com duas orlas brancas.
Graus 1 - Grã-cruz
2 - Grande Dignitário
3 - Dignitário
4 - Comendador
5 - Oficial
6 - Cavaleiro

Além disso, o sargento que possuísse a Ordem da Rosa ou do Cruzeiro, deveria ser recolhido a uma prisão especial que não fosse "nem o Estado Maior nem o xadrez, embora não sendo oficial, não pudesse frequentar o círculo de oficiais" e mais: "que ao mesmo graduado, condecorado e preso, se perfilassem as armas pelo oficial subalterno comandante da guarda que por ele passasse". Um tenente coronel, à frente do seu batalhão, "faria continência ao Dignitário ou Oficial do Cruzeiro e ao Oficial da Rosa, embora, lhe fossem inferiores em patente"[3].

Porque as rosas são o motivo da Ordem da Rosa?

Porque teria D. Pedro I escolhido como motivo para as veneras desta Ordem honorífica, uma grinalda de rosas? "teriam sido inspiradas nas miúdas rosas que ornavam, com uma chuva de pétalas" [4] o vestido que Dona Amélia trazia ao desembarcar no Rio de Janeiro.

Outra versão, esta do visconde de Taunay, referida pelo seu ilustre descendente, o saudoso mestre Afonso de Escragnolle Taunay:

"Ao avistar a Imperatriz Amélia, que desembarcou com um vestido de gase branca, salpicado de rosas meio abertas, veio-lhe incontinente ao espírito, exagerado e cavalheiroso, a ideia de constituir mais essa Ordem, batizando-a com as qualidades ou uma das qualidades de que era menos capaz, a Fidelidade" [5].

Se examinarmos com atenção as condecorações francesas e mesmo as de outros países, teremos de conceder à Ordem brasileira uma posição de destaque absoluto e de inconfundível originalidade.

Encontramos nessas condecorações como ornamento, palmas de ramos de oliveira ou de carvalho, mas nenhuma assente sobre grinalda de rosas. A nossa é rigorosamente própria, tendo como motivo principal rosas.

Todas as condecorações do Império Brasileiro eram bonitas, mas a Imperial Ordem da Rosa, a todas suplantou em beleza.

Imperial Ordem da Rosa - Grau Oficial

A ideia mais vulgarizada, como vemos, é a do vestido com que D. Amélia desembarcou no Rio de Janeiro a 16 de outubro, semeado de pequenas rosas semiabertas. Mas como poderia D. Pedro I no dia seguinte ao desembarque, outorgar aos primeiros agraciados a condecoração?

Ficamos propensos, a aceitar que a criação da Ordem da Rosa, tivesse origem — na rosa do toucado — que se encontrava no retrato enviado de Laleham, na Inglaterra, a D. Pedro I, pelo marquês de Barbacena, a fim de que S. Majestade o comparasse com o da marquesa de Gabriac assentada entre ambos como modelo físico da futura imperatriz do Brasil.

"Laleham, 11 de agosto de 1829 — Senhor. Acabo de chegar de Munique, tendo feito 330 léguas de viagem em cinco dias, e isto basta para V. M. fazer ideia do abatimento em que estarei.
---------------------
Até aqui foi sobre o testemunho de outros que tenho dado a V. M. I. notícias de sua augusta noiva, hoje dá-las-ei fundado no testemunho próprio e na minha convicção. É indubitavelmente a mais linda princesa e a mais bem-educada que presentemente existe na Europa e quando a vi emparelhada com as primas que foram primeiramente pedidas, dei muitas graças a Deus de haver V. M. I. escapado daqueles casamentos.

A imperatriz é linda como V. M. I. verá pelo seu retrato que vai nesta ocasião, mas a sua instrução, as suas virtudes, excedem quanto posso dizer em seu elogio. V. M. I. gozará do prazer doméstico em maior grau, do que nenhum dos seus súditos e isto é o que V. M. queria e quanto convém ao Império.

Deus guarde a V. M. I. por muitos anos, como todos desejam e principalmente eu por ser — De V. M. I. obrigadíssimo e fiel criado.

Marquês de Barbacena" [6].

O retrato de D. Amélia enviado por Barbacena a D. Pedro I exibia no toucado da futura imperatriz uma rosa, a qual devia ter formado para o Imperador a ideia da homenagem a ser tributada, ideia essa que os artistas iriam ampliar e compor, formando a insígnia da Imperial Ordem da Rosa.

As notícias que recebia de sua noiva mostravam serem as rosas as flores prediletas de D. Amélia e daí a determinação imperial de urgência na execução da insígnia, para que pudesse ser distribuída no desembarque da segunda imperatriz do Brasil.

Esta versão parece ser a mais aceitável, pois o artista teria tido tempo para confeccioná-la e tê-la pronta por ocasião da assinatura de decreto instituindo a Ordem. E isto parece apoiar-se também na data inscrita no reverso da insígnia: 2-8-1928, que relembra o casamento de D. Amélia em Munique.

Quem desenhou a insígnia da Imperial Ordem da Rosa?

Quem teria desenhado a insígnia da Imperial Ordem da Rosa? São várias as opiniões a respeito.

O ilustre heraldista brasileiro, ministro Orlando Guerreiro de Castro, em estudo comparativo entre as Ordens nacionais e estrangeiras, mostra-nos a semelhança existente entre a Ordem da Rosa e a da União, instituída em 1807 por Luís Bonaparte, rei da Holanda, atribuindo a Debret o desenho [7].

É estranho, porém, que Debret não faça referência alguma à Imperial Ordem da Rosa na sua Voyage pittoresque et historique au Brésil, quadro fiel dos costumes dos primeiros anos do Brasil Império.

Se fosse ele na realidade o autor, por certo não deixaria de incluí-la entre as demais condecorações brasileiras, quando a elas se refere na sua preciosa obra. Acresce ainda a circunstância de estar Debret nessa ocasião em preparativos para o seu retomo à França.

Grandjean de Montigny é outro nome lembrado. Arquiteto do Primeiro Reinado e professor da Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro, foi incumbido de executar o arco monumental na Praça do Comércio para as festas comemorativas das bodas imperiais e "sobre os nimbos, externamente, havia dois troféus, compostos de três coroas de louro, nos quais se divisavam as legendas: Valor, Lealdade, Prudência; Amor, Fidelidade, Constância. Rematava o pórtico um escudo com as iniciais dos imperadores" [8].

Vemos aí, entre outras, as legendas — Amor e Fidelidade — inscritas na Ordem da Rosa, mas isto não nos autoriza a afirmar fosse o ilustre mestre de arquitetura o autor da insígnia, mesmo porque, esses motivos apareciam em todos os monumentos levantados para os festejos, num desejo unânime de felicidades aos imperiais noivos.

Apontam também Zeferino Ferrez, escultor e gravador, professor da cadeira desta disciplina na Academia de Belas Artes. Exímio na difícil arte da gravura, foi o autor da primeira medalha executada no Rio de Janeiro em 1820 e da notável medalha comemorativa da Coroação de D. Pedro II, além de outras mais.

Em todos os seus trabalhos as características de seu talento ficaram vincadas, perpetuando o seu valor. Foi Zeferino Ferrez, colaborador de Grandjean de Montigny e todos os ornatos constantes do arco "a legenda, a grinalda de rosas, o monograma, tudo isso nas mãos de um artista como Ferrez, daria, como deu, o primor de delicadeza, de equilíbrio e de efeito decorativo que ressaltam da mais bela condecoração que conhecemos" [9]

Francisco Pedro do Amaral, chefe e diretor das decorações da Casa Imperial, também se serviu de legendas parecidas, sempre desejando aos nubentes uma união feliz.

"Ao pintar o coche que serviria para transportar a princesa à capela imperial, veio naturalmente ao espírito do artista, em virtude de se tratar do sacramento do matrimônio, a lembrança dos aludidos sentimentos. Com a sua reconhecida habilidade, decorou-o magnificamente, usando figuras alegóricas de fidelidade e firmeza no amor" [10].

Alberto Rangel, em seu documentado livro, Pedro I e a Marquesa de Santos, julga esclarecer o caso quando cita:

"Pelo preço de 892$400 o Escrivão dos Brasões e Rey d'Armas do Brasil, Luiz Aleixo Boulanger, desenhou as insígnias da Ordem da Rosa, linhas de epitaphio da Marquesa compostas e riscadas numa flor de esmalte" [11].

Referindo-se a Alberto Rangel, lemos em Imperatriz dona Amélia:

"foi o distinto historiador patrício que fez o inventário da documentação histórica da Casa Imperial, existente no Castelo d'Eu, aí encontrando o decreto da criação da Ordem, com a lista dos condecorados, bem como alguns desenhos em aquarela de vários projetos para as insígnias" [12].

O Anuário do Museu Imperial, de Petrópolis, em magnífico trabalho apresentado por Haydée Di Tommaso Bastos, ilustre funcionária do Museu, apresenta-nos um substancioso estudo sobre a origem dos desenhos da insígnia da Ordem da Rosa, calcado na documentação da Casa Imperial do Brasil, recentemente recolhida ao Museu Imperial, vindo do Castelo d'Eu, onde se achava depositado.

Imperial Ordem da Rosa: Grau Gran-Cruz Honraria - Peça de coleção Gilberto Tenor

Pedro José Pézerat, engenheiro dos Paços Imperiais, e Eugéne Herbert de la Michellerie, pintor francês chegado ao Brasil em 1826, seriam os autores dos desenhos da mais linda condecoração brasileira.

Seus projetos aquarelados trazem a data de 12 de setembro de 1829, o que nos leva a acreditar não ter sido o vestido da jovem imperatriz salpicado de rosas semiabertas, chegado ao Brasil um mês depois, que deu motivo à insígnia.

A rosa do toucado teria sido na realidade o motivo principal e ainda nesse esplêndido trabalho editado pelo Museu Imperial lemos que Luís Aleixo Boulanger, hábil calígrafo e depois professor de desenho de D. Pedro II, teria decalcado um retrato da imperatriz D. Amélia, datado de 9 de outubro de 1829; sete dias após, isto é, a 16, o Diário Fluminense publicava o seguinte:

"Havendo S. M. o Imperador Se Dignado Conceder licença para copiar e litografar o Retrato ultimamente chegado da Europa, de S. M. a Imperatriz: convidam-se a todos os srs. que quiserem animar esta importante empresa, para que subscrevam em casa de L. A. Boulanger, Risso & Cia. largo da Mãe do Bispo, 173. O Retrato de S. M. a Imperatriz do Brasil, copiado e litografado com a maior perfeição e fidelidade possível, será distribuído aos srs. subscritores no dia 19 do corrente mês impreterivelmente. O amor, fidelidade sem par que os Brasileiros têm sempre tributado aos seus Augustos Soberanos, fazem esperar a Boulanger e Risso, que os seus: esforços serão benignamente acolhidos. O preço é de 4$000".

"Levando-se em conta a data aposta ao desenho — exatamente uma semana antes da chegada da nova Imperatriz, e atentando-se no esboço de uma flor junto a um ornato que a jovem princesa traz nos cabelos, somos levados a concluir ser esta a cópia do retrato enviado a Dom Pedro I e que serviu de motivo para a condecoração. Nessa época, muito poucos deveriam ser os retratos de Dona Amélia em nossa terra..." [13].

Os desenhos aquarelados que acompanham este trabalho aproximam-se extraordinariamente da insígnia da Imperial Ordem ida Rosa.

"Mas o melhor de todos é o terceiro projeto: uma estrela branca, em cujas pontas, que são carregadas de pequeninos botões de rosas, está colocada uma medalha de ouro com o monograma P. A. entrelaçado, e com uma dupla orla, a interior simples e a exterior azul com dezenove estrelas de prata. Entre as pontas da estrela, guirlandas de rosas. Ao alto a coroa imperial de ouro, atada à guirlanda por um laço do mesmo metal. Cremos ser inútil qualquer comentário sobre este projeto comparado com a forma definitiva da condecoração, é mais que evidente ser ele o modelo aprovado, com pequenas modificações. Assim, a estrela de cinco pontas, passou a ter seis, livres dos botões que a sobrecarregavam. A dupla orla reduziu-se a uma única e a coroa prendou-se diretamente numa das pontas da estrela. Mais simples e por isso mesmo mais belo" [14].

Parece-nos pois, ter muita razão a autora nesta afirmação e tudo nos leva a crer também que o motivo da rosa no toucado, foi o determinado para a composição da mais romântica Ordem honorífica do Brasil Imperial.

O Baile cor de rosa

No dia 20 de janeiro de 1830 realiza-se o grande baile que a sociedade do Rio de Janeiro oferece a D. Amélia.

Tudo nesse baile tem a cor da rosa, a cor predileta de S. M. a Imperatriz. São os vestidos das damas, as flores, os laços discretos que os cavaleiros trazem à lapela.

No palácio do conde dos Arcos, tudo transpira grandeza; o salão nobre, soberbo em suas linhas e iluminado de forma deslumbrante, domina o que de mais belo pudesse haver.

Vamos transcrever o noticiário da época:

"Os convidados começaram a chegar entre sete e meia e oito e quarenta e cinco da noite. As nove horas, uma girandola anunciava a chegada da Família Imperial. Então, doze convidados previamente escolhidos e empunhando tochas, formam alas, acompanhando os Imperiais convivas até ao grande salão de festas.

A frente de SS. MM. caminha o mestre de cerimônias e atrás, os convidados.

Quatro criados graves postados na escadaria da porta de entrada até ao salão, vão anunciando em voz alta e cada um por sua vez, os nomes dos convidados que chegam. Aos lados, soberbos Archeiros com suas reluzentes alabardas, montam guarda.

Ao entrar no salão, ouve o Imperador o Hino de sua própria lavra executado por grande orquestra com cantores especialmente contratados para o ato.

SS. MM. tomam lugar em ricas poltronas colocadas sobre um estrado. Então, o mestre de cerimônias, numa reverência profunda, pede licença a D. Amélia para se dar início à cerimônia. S. Majestade acede e dá-se começo ao que estava programado:

1.º). — Terceto da Gazza Ladra, de Rossini.
2.º). — Serviço de refrescos.
3.º). — Uma curta valsa, com duração de 10 minutos.
4.º). — Uma cavatina para voz de tenor.
5.º). — Contradança francesa (20 minutos).
6.º). — Ária de Semíramis (Ah quel giorno) Rossini.
7.º). — Serviço de chá.
8.º). — Contradança espanhola (30 minutos).
9.º). — Quinteto da Gazza Ladra, de Rossini.
10.º). — Refrescos.
11.º). — Contradança inglesa (20 minutos).
12.º). — Dueto de Matilde, para duas vozes de soprano, Rossini.
13. º). — Serviço de ceia, se S. M. o Imperador não ordenar que seja depois desta ocasião.

Terminada a ceia, voltam os pares e demais convidados para o salão, tendo a orquestra tocado o terceto de Elizabeta, a qual se seguiu uma contradança espanhola, o dueto de Semíramis "Va superbo in quella regia" terminando com o dueto entre Ricardo e Zoraide, de Rossini, findo o qual retiram-se os imperiais convidados para o Paço de São Cristóvão.

No baile, destacava-se a riqueza das joias ostentadas pela fidalguia, principalmente os brincos e o riquíssimo diadema que D. Amélia trazia no alto do penteado, com cachos presos aos lados das orelhas".

E assim tomou assento no Trono do Império Brasileiro a linda Beauharnais, entre a geral impressão de agrado da Corte encantada por sua beleza, comovida pela frescura dos seus 17 anos, que talvez pudessem reabilitar no coração do monarca, a fé à fidelidade conjugal, tão maltratada no primeiro consórcio com D. Leopoldina.

Imperial Ordem da Rosa: Gran-Cruz Effectiva, Gran-Cruz Honraria e Comendador

A realidade após o baile cor de rosa

Infelizmente as sensibilidades e a intransigente pragmática de D. Amélia, se não alteraram o amor conjugal, criaram-lhe antipatias quase totais na Corte pouco protocolar de então e do romântico baile cor de rosa, cheio de harmonias musicais de Rossini, extinguia-se o eco abafado pelo resmonear da impopularidade.

Entretanto, ficara a Imperial Ordem da Rosa! Vieram os dias agitados da abdicação; em Portugal, desenrolou-se a epopeia do Cerca do Porto, em que D. Pedro foi o, herói triunfante.

Foi um acordar de gemidos, batalhas, em que armas se entrechocaram tingindo-se de sangue.

Porém, na condecoração de pequeninas rosas, é o amor, a beleza, a diplomacia que perpassa, transmitindo-nos um pouco da galanteria do passado, fazendo-nos caminhar léguas "sobre uma pétala de rosa" na frase de um poeta, que citamos apenas pela analogia da ideia poética e do assunto que tratamos.

Ainda na carta que abaixo transcrevemos de D. Pedro I a Barbacena, escrita posteriormente às núpcias, sente-se através do estilo protocolar da mesma, a agradecida satisfação do esposo.

E Barbacena ao lê-la, devia ter concordado que naquele "felizmente efetuado", se encerravam a um tempo a desforra amorosa do Imperador e o seu próprio valor diplomático posto à prova na difícil tarefa de casar e acertar e cujo corolário feliz ali estava, nos dois títulos com que Sua Majestade o Imperador o agraciava na carta seguinte:

"Honrado Marquês de Barbacena.

Amigo.

Eu, o Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, vos envio muito saudar, como aquele que muito amo.

Havendo-vos encarregado não só de acompanhar à Europa minha amada e prezada filha, a rainha de Portugal e Algarves, Dona Maria II, que hoje por ordem minha e zelo vosso se acha nesta muito heroica e leal cidade do Rio de Janeiro, mas também de tratar do Meu casamento, já felizmente efetuado; e tendo muito a meu contento e com o vosso costumado desinteresse desempenhado comissões tão delicadas: Hei por bem honrar-vos por estes singulares serviços e para que todos os meus súditos conheçam o apreço que faço de vossa pessoa, vos mando esta.

Nosso Senhor vos tenha em sua santa guarda.

Escrita no Palácio do Rio de Janeiro, em 2 de dezembro de 1829, 8.º da Independência e do Império.

Imperador.
José Clemente Pereira".

Conseguira a diplomacia de Barbacena vencer e subtrair aos manejos políticos do astuto Metternick a bela Beauhamais, trazendo-a ao enamorado Imperador.

Plenamente satisfeito pelas comissões desempenhadas pelo marquês, D. Pedro I, por decreto de 17 de outubro de 1829, outorgava-lhe a grã-cruz efetiva da Imperial Ordem da Rosa e mais tarde, a 10 de julho de 1830, data aniversária de D. Amélia, nomeava-o mordomo-mor de S. M. a Imperatriz.

A Imperial Ordem da Rosa e outras ordens honoríficas

A Imperial Ordem da Rosa foi a mais favorecida em graus, pois contava nada menos de sete: cavaleiro, oficial, comendador, dignitário, grande dignitário, grã-cruz honorária e grã-cruz efetiva. O grau mais elevado dava direito ao uso do colar de rosas esmaltadas rodeadas de folhas e intercaladas de pequenos escudos de ouro, tendo ao centro as iniciais dos imperadores — P. A.

Até então, a Ordem brasileira que admitia maior número de graus era a do Cruzeiro, denominada pelo Imperador de Ordem da Legião de Honra do Brasil e que possuía apenas quatro títulos: cavaleiro, oficial, dignitário e grã-cruz. E. mesmo as antigas e tradicionais Ordens portuguesas vindas com D. João VI e depois nacionalizadas no reinado de D. Pedro II, pelo decreto nº 321, de 9 de setembro de 1843 — Cristo, São Tiago e Avís — não tinham tantos graus, nem tantas regalias como a mais nova das Ordens honoríficas do Império.

A Imperial Ordem da Rosa foi a mais distribuída no Império, principalmente no reinado de D. Pedro II, quando da Campanha do Paraguai e nos últimos tempos da monarquia. Em dois anos de guerra, de 1866 a 1867, foram feitos 2.252 cavaleiros, 528 oficiais, 192 comendadores, 65 dignitários, 4 grandes-dignitários e 27 grã-cruzes.

Carta de nomeação do Engenheiro Ernesto Diniz Street ao grau de Official da Ordem da Rosa - Peça de coleção Gilberto Tenor

De 1855 a 1888, não concedeu o monarca nenhum grau de grande-dignitário. Em 1889, oito foram os agraciados com a grande-dignitária, entre eles os generais: Hermes Ernesto da Fonseca e Manuel Deodoro da Fonseca, por decretos de 25 de fevereiro; Floriano Peixoto, em 28 de agosto e por Ato de 2 outubro, Antônio Carlos Gomes, o "Tonico músico da Banda de Campinas", autor da ópera O Guarani, cantada pela primeira vez no teatro Scala de Milão na noite de 19 de março de 1870.

"A Sua Majestade D. Pedro II, Imperador do Brasil, homenagem de gratidão do seu súdito
A. Carlos Gomes".

Esta dedicatória de Carlos Gomes oferecendo sua obra-prima, O Guarani a D. Pedro II, testemunhava toda a gratidão do imortal maestro brasileiro ao Imperador que lhe permitiu concluir seus estudos musicais em Milão e tornar-se sem dúvida nenhuma, o maior compositor das Américas.

Fonte:
Texto de ÁLVARO DA VEIGA COIMBRA, Ex-chefe da Secção Técnico-Científica de Numismática do Museu Paulista da Universidade de São Paulo

Titulares da Imperial Ordem da Rosa

  • Agostinho José da Motta;
  • Alfred Nobel;
  • Annibale de Gasparis: Diretor do Observatório Astronómico de Capodimonte de Nápoles, descobridor de 9 asteroides;
  • Antônio Augusto De Souza: Comendador Souza;
  • Antônio da Costa Pinto Júnior;
  • Antônio Herculano de Sousa Bandeira Filho;
  • Antônio José Dias Carneiro;
  • Antônio Luís von Hoonholtz;
  • Antônio de Orléans e Bragança;
  • Antônio Ribeiro de Castro;
  • Antônio Rodrigues de Azevedo Ferreira;
  • Bertrand de Orléans e Bragança;
  • Carlos Pereira Nunes: 1º barão e visconde de São Carlos, político e fazendeiro ilustre;
  • Cap. Luiz Paulino de Holanda Valença: Comandante da Guarda Nacional em São Bento do Una, em Pernambuco;
  • Comendador Antonio José Nogueira: nascido na Freguesia do Senhor Bom Jesus do Livramento (Bananal), do Município de Arêas, em 1793 e falecido em 08/04/1864, em Angra dos Reis. Coronel da Guarda Nacional. Oficialato da Ordem da Rosa; Comenda da Ordem de Cristo e Imperial Ordem da Rosa;
  • Cel. Alexandre Francisco de Oliveira: Coronel da Guarda Nacional, Papari, Rio Grande do Norte;
  • Dr. Carlos Chidloe: Médico homeopata, um dos grandes difusores desta ciência médica no Brasil;
  • Christine de Ligne e Orléans e Bragança;
  • Dr. Jean Maurice Faivre: fundador da Colônia Thereza Cristina e médico pessoal da Imperatriz Teresa Cristina;
  • Daniel Makinson Fox;
  • Eleonora de Ligne e Orléans e Bragança;
  • Firmin François Alibert;
  • Francisco Antônio de Barros e Silva;
  • Francisco de Assis e Oliveira Borges;
  • Francisco Joaquim de Noronha e Silva;
  • Francisco Lopes de Oliveira Araújo;
  • Gel. Francisco Marconde Homem de Mello: 2º barão, depois visconde de Pindamonhagaba;
  • Gustave Rumbelsperger: naturalista francês;
  • Francisco Ignácio Marcondes Homem de Mello: barão Homem de Mello, Ministro do II Império;
  • Horácio Fortunato Urpia;
  • Henri de Ligne e Orléans e Bragança;
  • Ildefonso Pereira Correia;
  • Inácio de Sousa Rolim;
  • Isabel Maria de Orléans e Bragança;
  • Jacintho Ferreira de Carvalho;
  • James Norton;
  • Jean Pierre Gay;
  • Joaquim Fernandes Lopes Ramos;
  • Joaquim José de Sousa Breves;
  • Joaquim Xavier Neves;
  • Jonathas Abbott;
  • José Alves Rangel: primeiro barão com grandeza de São João da Barra e, cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo e oficial da Imperial Ordem da Rosa;
  • José Antônio Gomes Neto;
  • José Francisco Nogueira Paranaguá;
  • Jules Le Chevrel;
  • Luís Gonzaga de Brito Guerra;
  • Luís Martins Collaço;
  • Machado de Assis;
  • Manuel Pereira da Silva;
  • Cel. Manoel Marcondes de Oliveira Mello: Comandante da Guarda de Honra de Dom Pedro I na Independência, 1° barão de Pindamonhangaba;
  • Maria Gabriela de Orléans e Bragança;
  • Olyntho José Meira: Jurista, presidente das Províncias do Pará e do Rio Grande do Norte;
  • Rafael de Orléans e Bragança;
  • João Gualberto de Carvalho: 1.º barão de Cajuru.

Grão-mestres da Imperial Ordem da Rosa

  • Dom Pedro I do Brasil;
  • Dom Pedro II do Brasil;
  • Dona Isabel I do Brasil;
  • Dom Pedro III do Brasil;
  • Dom Luiz I do Brasil.

Referências bibliográficas

[1] Aviso de 1 de setembro de 1842.

[2] Aviso de 3 de janeiro de 1873.

[3] Aviso nº 368, da Guerra, de 24 de novembro de 1855.

[4] Calmon (Pedro). — O rei cavaleiro. São Paulo, 1933.

[5] Taunay (Afonso d'Escragnolle). — A mais velha das Ordens Honoríficas Brasileiras, in "Revista Numismática", ano I, nº 2. São Paulo. 1933.

[6] Aguiar (Antônio Augusto), Vida do marquês de Barbacena. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1896.

[7] Influência napoleônica nas insígnias das Ordens Honoríficas do Império do Brasil, in "Anais do I Congresso de Numismática Brasileira", São Paulo, 1937, vol. I.

[8] Poliano (Luíz Marques), Ordens Honoríficas do Brasil. Imprensa Nacional. Rio de Janeiro, 1943.

[9] Ibidem.

[10] Explicação alegórica da decoração do coche de Estado de S. M. I. o Senhor D. Pedro Primeiro. Rio de Janeiro, 1829.

[11] Rangel (Alberto), D. Pedro I e a Marquesa de Santos. Tours (França), 1928.

[12] Tôrres (Lígia Lemos), Imperatriz dona Amélia. São Paulo, 1947.

[13] Bastos (Haydée di Tommaso), Em torno das Ordens de Pedro I e da Rosa. "Anuário do Museu Imperial", Ministro da Educação e Saúde. Petrópolis, 1947.

[14] Ibidem.