Selo Machado de Assis e Joaquim Nabuco: Imortais da Academia Brasileira de Letras
Os Correios tem a honra de homenagear em Selos Postais dois imortais fundadores das cadeiras 23 e 27 da Academia Brasileira de Letras – ABL, os ilustres da literatura brasileira: Machado de Assis e Joaquim Nabuco.
As fotos de ambos Imortais da ABL foram trabalhadas digitalmente para refletir um tom quase dourado.
Foi aplicado o ex-libris da ABL em vetor, com único toque em cor verde no centro da composição e os nomes inseridos em faixas idênticas, ressaltadas por suave sombra para dar destaque.
Fundo nos mesmos tons, equilibrando e unificando os elementos, criando um conjunto sóbrio que foi cuidadosamente pensado, tanto do ponto de vista da composição quanto do esquema cromático.
As técnicas utilizadas foram fotografia e computação gráfica.
Edital nº | 12/2019 |
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Fotos | Acervo da Academia Brasileira de Letras - ABL |
Arte | Lidia Marina Hurovich Neiva/Correios |
Processo de Impressão | ofsete |
Papel | Couchê gomado |
Folha | Com 12 selos |
Valor facial | 2º porte, carta não comercial |
Tiragem | 120.000 selos |
Área do desenho | 76 x 38 mm |
Dimensão do selo | 76 x 38 mm |
Picotagem | 11,5 x 11,5 |
Data de pré-lançamento | 18/07/2019 |
Local de pré-lançamento | 20/07/2019 |
Data de emissão | 20/07/2019 |
Local de lançamento | Rio de Janeiro-RJ |
Impressão | Casa da Moeda do Brasil |
Versão | Departamento de varejo/Correios |
Cód. de comercialização | 852012845 |
Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis, jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro/RJ, em 21 de junho de 1839, e faleceu, também, no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908. É o fundador da Cadeira n.º 23 da Academia Brasileira de Letras.
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Velho amigo e admirador de José de Alencar, Machado o escolheu para seu patrono. Ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis.
O primeiro livro publicado por Machado de Assis foi a tradução de Queda que as mulheres têm para os tolos (1861). Seu primeiro livro de poesias, Crisálidas, saiu em 1864. Em 1867, foi nomeado ajudante do diretor de publicação do Diário Oficial. Em 12 de novembro de 1869, casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais, que foi sua companheira perfeita durante 35 anos.
Colaborou na Revista Brasileira, e, do grupo de intelectuais que se reunia na redação, surgiu a ideia da criação da Academia Brasileira de Letras, projeto que Machado de Assis apoiou desde o início. Comparecia às reuniões preparatórias e, no dia 28 de janeiro de 1897, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da Instituição, à qual se devotou até o fim da vida.
A obra de Machado de Assis abrange, praticamente, todos os gêneros literários. Na poesia, inicia com o romantismo de Crisálidas (1864) e Falenas (1870), passando pelo Indianismo em Americanas (1875) e parnasianismo em Ocidentais (1901).
Paralelamente, apareciam as coletâneas de Contos fluminenses (1870) e Histórias da meia-noite (1873); os romances Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878), considerados seu período romântico.
A partir daí, Machado de Assis entrou na grande fase das obras-primas, que fogem a qualquer denominação de escola literária e que o tornaram o escritor maior das letras brasileiras e um dos maiores autores da literatura de língua portuguesa.
A obra de Machado de Assis foi, em vida do autor, editada pela Livraria Garnier, desde 1869. Em 1937, W. M. Jackson, do Rio de Janeiro, publicou as Obras completas, em 31 volumes.
Raimundo Magalhães Júnior organizou e publicou, pela Civilização Brasileira, os seguintes volumes de Machado de Assis: Contos e crônicas (1958); Contos esparsos (1956), Contos esquecidos (1956), Contos recolhidos (1956), Contos avulsos (1956), Contos sem data (1956), Crônicas de Lélio (1958) e Diálogos e reflexões de um relojoeiro (1956).
Joaquim Nabuco
Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, escritor e diplomata, nasceu no Recife/PE, em 19 de agosto de 1849, e faleceu em Washington, EUA, em 17 de janeiro de 1910.
Compareceu às sessões preliminares de instalação da Academia Brasileira, fundador da Cadeira n.º 27, que tem como patrono Maciel Monteiro. Designado secretário-geral da Instituição na sessão de 28 de janeiro de 1897, exerceu o cargo até 1899, e de 1908 a 1910.
Era filho do Senador José Tomás Nabuco de Araújo e de Ana Benigna Barreto Nabuco de Araújo. Em 1865, seguiu para São Paulo, onde fez os três primeiros anos de Direito e formou-se no Recife, em 1870. Foi Adido de Primeira Classe em Londres, depois em Washington, de 1876 a 1879.
Atraído pela política, foi eleito deputado geral por sua província, vindo então a residir no Rio. Sua entrada para a Câmara marcou o início da campanha em favor do Abolicionismo, que logo se tornou causa nacional. De 1881 a 1884, Nabuco viajou pela Europa e, em 1883, em Londres, publicou O Abolicionismo.
De regresso ao país, foi novamente eleito deputado por Pernambuco, retomando posição de destaque da campanha abolicionista, que cinco anos depois seria coroada de êxito. Ao ser proclamada a República, em 1889, permaneceu com suas convicções monarquistas. Retirou-se da vida pública, dedicando-se à sua obra e ao estudo.
Nessa fase de espontâneo afastamento, frequentava a redação da Revista Brasileira, onde estreitou relações de amizade com Machado de Assis, de cujo convívio nasceria a Academia Brasileira de Letras, em 1897.
Nesse período, Joaquim Nabuco escreveu duas de suas obras mais importantes: Um Estadista do Império, biografia do pai, mas que é, na verdade, a história política do país naquele período, e um livro de memórias, Minha formação, obra clássica de literatura brasileira.
Em 1901, era acreditado em missão ordinária, como embaixador do Brasil em Londres e, a partir de 1905, em Washington. Grande era o seu prestígio perante o povo e o governo norte- -americanos.
Faleceu em Washington. Seu corpo foi conduzido, com solenidade excepcional, para o cemitério da capital norte- -americana e depois trasladado para o Brasil no cruzador North Caroline.
Fonte:
Edital de emissão do selo, texto de Marco Lucchesi Presidente da Academia Brasileira de Letras.
Imagem de capa: Blogue do IILP
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