Continuando a série de selos de mulheres brasileiras que fizeram história, os Correios do Brasil lançaram o terceiro selo em homenagem a Hebe Camargo, a estrela e dama da televisão brasileira.

Selo Hebe Camargo: série de mulheres brasileiras que fizeram história

A imagem é uma foto que foi tirada em 2003, no estúdio do fotógrafo Chico Audi. O elo desta emissão é o símbolo da mulher, que consta em todos os selos.

A folha com borda na cor magenta, é composta por 18 selos, tendo o título da emissão no canto superior esquerdo e no canto superior direto desenhos estilizados de estrelas e uma câmera de TV. Foram usadas as técnicas de fotografia e computação gráfica.

Carimbo de 1º dia de circulação do selo de Hebe Camargo
Informações técnicas do selo de Hebe Camargo
Edital nº 21/2019
Foto Chico Audi
Arte-finalização Jamile Costa Sallum e Daniel Eff/Correios
Processo de Impressão ofsete
Papel Couchê gomado
Folha Com 18 selos
Valor facial 1º Porte Carta Comercial
Tiragem 54.000 selos
Área do desenho 21 x 39 mm
Dimensão do selo 26 x 44 mm
Picotagem 11,5 x 11
Data de emissão 19/09/2019
Local de lançamento São Paulo-SP
Impressão Casa da Moeda do Brasil
Versão Departamento de varejo/Correios
Cód. de comercialização 852012918

Selo de Hebe Camargo

Folha de selos Hebe Camargo

No terceiro selo da série, chegamos à história da "rainha da televisão brasileira", uma das maiores comunicadoras de todos os tempos – Hebe Camargo (Taubaté – SP, 8 de março de 1929, São Paulo, 29 de setembro de 2012) filha de Esther Magalhães Camargo e Sigesfredo Monteiro Camargo.

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Na década de 40, iniciou junto com sua irmã e duas primas o quarteto Dó- Ré-Mi-Fá, e posteriormente formou com sua irmã Stella Camargo a dupla caipira Rosalinda e Florisbela. Na Rádio Tupi, começou como cantora aos 15 anos de idade.

Em 1950, já conhecida como "a estrela de São Paulo", Hebe lança suas primeiras canções - Oh! José" e "Quem foi que disse". Ela atuou decisivamente na criação da primeira rede de televisão brasileira – a Rede Tupi. Convidada por Assis Chateaubriand participou da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira, em 1950, em São Paulo.

O programa Rancho Alegre foi um dos primeiros em que Hebe participou, em 1950, na TV Tupi de São Paulo. Sentada em um balanço de parquinho infantil, Hebe fez um dueto com o cantor Ivon Curi. Em 1955, motivada pelo impactante mundo da telinha, que colocava os artistas dentro dos lares.

Hebe compreendeu a importância de se estabelecer um diálogo com as pessoas, capaz de torná-la cada vez mais íntima do seu público. Nesse contexto, em 1955, criou o primeiro pro- grama de TV feminino da TV brasileira - "O mundo é das mulheres", dirigido por Walter Forster.

Sua carreira artística foi determinada por seu amor à arte da comunicação. Entrevistava as pessoas de forma inteligente e madura. Por essa razão foi reconhecida como uma das maiores entrevistadoras do Brasil, com trabalhos consagrados nesse campo, entrevistando personalidades famosas como Neil Armstrong, Edith Piaf, Christian Bernard, Amália Rodrigues e Júlio Iglesias.

Em 1959, lança seu primeiro disco – "Hebe e vocês". Em 1960 é contratada pela TV Continental para apresentar "Hebe comanda o espetáculo", cuja edição especial, em 1961, também é gravada em disco.

Em 1964, se afastou da televisão brevemente, após o nascimento de seu único filho retorna à televisão, pela TV Record, em abril de 1966, com o programa "Hebe", que ficou no ar por mais de 40 anos, percorrendo várias emissoras.

O sucesso era marcante, e a Rainha da Televisão escrevia a sua história, na qual falava e cantava, em todo o Brasil, sempre com índices surpreendentes de audiência.

Em 1974, o programa é assumido pela Rede Tupi, saindo do ar em 1975, e voltando em 1979, pela Rede Bandeirantes. Em 1986, o programa "Hebe" estreou no SBT, onde permanece por 25 temporadas e, posteriormente, vai para a Rede TV e permanece por 2 temporadas.

Sua vida pessoal foi marcada por dois casamentos. O primeiro, com Décio Capuano, em 1964. Dessa união nasceu Marcello de Camargo Capuano. Em 1971 se divorciou, passando a morar sozinha com seu filho. O segundo marido foi o empresário Lélio Ravagnani, com quem Hebe se casou em 1973, e cuja união durou até a morte dele em 2000.

A biografia de Hebe Camargo é extensa. Em toda a sua vida pública recebeu homenagens honrosas por sua atuação. Inscreveu seu nome na filmografia e discografia brasileiras.

Sua jornada de fama passa pelo Rádio, Televisão (várias emissoras), revistas, campanhas publicitárias, com programas de grande audiência. Sua carreira a tornou a personalidade feminina de maior projeção no cenário da comunicação de massa e no meio artístico.

Mulher elegante, bonita, talentosa¸ exuberante, irreverente e sincera em suas colocações, expunha suas próprias experiências de vida em público, quando a ocasião se fazia oportuna. Não gostava de injustiças, sempre colocando suas opiniões em qualquer contexto.

Tratava de assuntos polêmicos com muita seriedade, chamando a atenção para o que considerava prejudicial às pessoas e à sociedade. Em muitos episódios polêmicos da vida nacional expressou manifestações que incomodaram seus protagonistas.

Hebe escreveu sua história pautada no compromisso com seu público, de ser verdadeira, que fez do Sofá da Hebe o seu próprio sofá. Sua história merece aplausos pelo caminho percorrido desde sua infância humilde até tornar-se a "dama da televisão brasileira" Usava cabelos louros, cuidadosamente penteados. Suas roupas, joias e adereços chamavam a atenção pela singularidade, requinte e beleza. Hebe era musa e a dama da sociedade paulistana e do Brasil.

Hebe, maior ícone feminino da comunicação brasileira, que passou sua vida sorrindo e distribuindo selinhos em seus programas de televisão, agora dá à Filatelia a honra de imortaliza-la em selo postal. "Que gracinha!"

As mulheres na filatelia

Os selos postais, desde o seu surgimento, em 1840, na Inglaterra, iniciaram a grandiosa missão de propagar a história universal e de comunicar os grandes e abnegados feitos daqueles que se dedicaram à construção de valorosas obras em vários contextos socioculturais.

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Assim, o primeiro selo postal do mundo, o penny black, exibia a efígie da Rainha Vitória, perpetuando o perfil de uma soberana inglesa, reconhecida por sua coragem e determinação frente aos desafios de sua época. Daí compreendermos que o selo já nasceu predestinado a marcar com nobreza os fatos por ele assinalados.

São inúmeros os selos postais brasileiros dedicados às mulheres e suas obras. É gratificante verificar o quão nobre tem sido a presença da mulher na Filatelia, destacando a sua função em vários contextos, mostrando que as mulheres estão cada vez mais conscientes dos papéis que desempenham na sociedade. É, portanto, justo que mulheres valorosas tenham as suas contribuições e os seus valores perpetuados em selos postais.

Os selos postais chegaram ao século 21 comunicando personalidades, obras e aspectos artísticos, históricos, sociais, ambientais e desportivos, que o Brasil e o mundo precisam reverenciar.

Nesse contexto, as mulheres têm desempenhado um papel cada vez mais importante na sociedade, vencendo lutas de vários significados, buscando assegurar seus direitos frente a uma vida digna, segura e pautada no respeito à liberdade, à igualdade e defesa de seus ideais.

Mais uma vez, a filatelia brasileira tem a honra de emitir selos sobre mulheres. Agora será a vez de Mulheres que Fizeram História, destacando seis personalidades vencedoras em suas vidas. São elas: Elza Soares, Hortência Marcari, Hebe Camargo, Carolina Maria de Jesus, Maria da Penha e Aracy de Carvalho Guimarães Rosa.

As mulheres merecem essa honraria, que também dignifica e enriquece a Filatelia brasileira. Esses selos representam o reconhecimento do Brasil e do mundo à história de vida, de trabalho e de força que as motivaram na tarefa de transformar o mundo.

Fonte:
Edital de emissão do selo, texto de Maria de Lourdes Torres de Almeida Fonseca
Escritora, Cadeira 35 da Academia de Letras e Música do Brasil - ALMUB.

Onde comprar

Os produtos podem ser adquiridos nos seguintes locais:

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