Selo de 200 anos da independência do Brasil: retorno de José Bonifácio ao Brasil
Esta emissão é a terceira de uma série de seis, denominada "Brasil, 200 anos de Independência", uma parceria entre a Câmara dos Deputados e os Correios que iniciou-se em 2017 e estenderá até 2022, com a comemoração dos 200 anos de Proclamação da Independência.
Na parte superior do selo a inscrição "Brasil, 200 anos de Independência" e o uso das cores de um nascer do sol identificam o alvorecer de uma nação.
A seguir, o retrato de José Bonifácio de Andrada e Silva, em litografia de S. A. Sisson, constante do livro "Galeria dos brasileiros illustres (os contemporaneos): retratos dos homens mais illustres do Brasil na política, sciencias e letras, desde a guerra da independencia até os nossos dias: copiados do natural e lithographados por S.A. Sisson, acompanhados das suas respectivas biographias, publicada sob a protecção de sua Magestade o Imperador", de 1861, do acervo da Seção de Obras Raras do Centro de Documentação e Informação da Câmara dos Deputados.
O retrato recebeu uma colorização para se adaptar à perceptiva dos selos anteriores. Foi utilizado o recurso de computação gráfica.
Edital nº | 9/2019 |
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Arte | Ely Borges e Isabel Flecha de Lima |
Processo de Impressão | ofsete |
Papel | Couchê gomado |
Folha | Com 12 selos |
Valor facial | R$ 2,15 |
Tiragem | 180.000 selos |
Área do desenho | 21x39 mm |
Dimensão do selo | 26x44 mm |
Picotagem | 11,5x11 |
Data de emissão | 13/06/2019 |
Locais de lançamento | Brasília-PR e Santos-SP |
Impressão | Casa da Moeda do Brasil |
Versão | Departamento de varejo/Correios |
Cód. de comercialização | 852012802 |
O retorno de José Bonifácio ao Brasil
Há duzentos anos, na segunda metade do ano de 1819, desembarcou na cidade do Rio de Janeiro, então sede do Reino Unido de Portugal Brasil e Algarves, após uma ausência de quase quatro décadas, José Bonifácio de Andrada e Silva.
José Bonifácio, era então reconhecido como a maior autoridade científica do mundo lusófono. Membro das mais importantes academias científicas de então, fora o descobridor de quatro espécies de minérios novos, além de ter sido o primeiro a descrever oito variedades de minérios já conhecidos. Catedrático em Coimbra, fora o fundador dos estudos de geologia em Portugal.
Em sua movimentada vida não lhe faltou sequer haver participado da resistência armada contra as tropas de Napoleão Bonaparte, quando da invasão do Reino. Na ocasião chegou a assumir o comando do Batalhão Acadêmico, formado por estudantes e professores de Coimbra.
Nascido em 1763, na então pacata cidade de Santos, em São Paulo, José Bonifácio desembarcava no Brasil, de onde partira como jovem estudante, com meros vinte anos de idade, como um realizado senhor de 57 anos, já aposentado, em busca do sossego de sua terra natal.
O destino, no entanto, o predestinara a postergar ainda por alguns anos sua pretendida aposentadoria. Os eventos políticos que sacudiram o Brasil naquelas primeiras décadas do século XIX logo o chamariam para ser um dos grandes artífices da construção do Brasil como nação autônoma e país independente.
Após a partida de D. João VI para Portugal, José Bonifácio viria a ser o principal ministro e conselheiro de D. Pedro. Associado a D. Leopoldina, tornar-se-ia o responsável e executor de inflexível política que caminhou, passo a passo, rumo a completa independência do Brasil.
Suas duas preocupações principais, como ministro de D. Pedro foram, por um lado, garantir a plena independência do Brasil, e junto com ela, garantir nossa integridade territorial. José Bonifácio foi, também, o nosso primeiro chanceler, inaugurando nossa entrada no concerto das nações.
Em verdade, José Bonifácio atuou politicamente por pouco tempo, pouco menos de dois anos e meio (junho de 1821 a novembro de 1823), porém, naquele pequeno período, marcou de forma indelével a história de nosso país. Não há, na nossa história, ninguém que, em tão pouco tempo, tenha marcado mais nossa trajetória como nação.
Homem de ideias fortes, José Bonifácio se desentendeu com D. Pedro. Foi destituído e, com a dissolução da constituinte de 1823, preso e deportado para França, de onde voltaria apenas em 1829.
Retornou ainda a tempo de prestar um último serviço a D. Pedro I, que o nomeou tutor de seu filho, D. Pedro II. Faleceu na cidade de Niterói – Rio de Janeiro, em 1838.
Esta emissão é a terceira de uma série de seis, denominada "Brasil, 200 anos de Independência", uma parceria entre a Câmara dos Deputados e os Correios que se iniciou em 2017, com o bicentenário da vinda de Dona Leopoldina, continuou em 2018 quando foram lembrados os 200 anos da Aclamação de D. João VI.
Nesta edição de 2019, comemoramos os 200 anos do Retorno de José Bonifácio ao Brasil. Os eventos se estenderão até 2022, com os 200 anos da Proclamação da Independência.
Texto de José Theodoro Mascarenhas Menck, consultor Legislativo da Câmara dos Deputados.
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