Os cunhos do acervo do Museu Histórico Nacional
Você encontrará neste artigo um resumo a palestra "Os cunhos do acervo do Museu Histórico Nacional" ministrada pela Alexandre Costa, Numismata e e pesquisador na 3ª edição do evento Colecionismo em Movimento ocorrido de 24 a 26 de agosto de 2023, promovido pela Casa da Moeda do Brasil e pela Sociedade Numismática Brasileira-SNB.
A palestra aborda o mundo fascinante dos cunhos e moedas. Com uma duração de mais de 40 minutos, oferece uma visão profunda sobre a história, técnicas e desafios associados à cunhagem de moedas e barras de ouro.
Estes são os tópicos principais abordados por Alexandre Costa:
Identificação de cunhos
Alexandre começa por falar sobre como conseguiu identificar 65 cunhos diferentes através de moedas e contatos. Ele também destaca que ainda há muito a ser estudado e trabalhado no campo da numismática.
Estado de conservação e desafios
Um dos tópicos mais interessantes abordados é o estado de conservação dos cunhos. Alexandre menciona que muitos cunhos no Museu Histórico Nacional estão em um estado que torna difícil identificá-los. Ele também fala sobre as surpresas que surgem durante a pesquisa, como a identificação de um cunho de anverso de uma moeda muito rara de 1828 da Bahia.
Técnicas e ferramentas
Explora as diferentes técnicas e ferramentas usadas na cunhagem, desde punções até carimbos a quente. Alexandre também discute como as rachaduras nos cunhos podem afetar a qualidade das moedas e como isso é um indicativo do número de moedas que podem ter sido cunhadas com um determinado cunho.
Falsificações e trabalho futuro
Alexandre destaca que há muitas falsificações de carimbos, especialmente aqueles com legendas por extenso como "Cuiabá" e "Mato Grosso". Ele menciona que ainda há muito trabalho a ser feito na área da numismática, incluindo a identificação de falsificações e o estudo de diferentes técnicas de cunhagem.
Sumarização
Preparamos uma sumarização minuto a minuto do vídeo da palestra, hospedado no canal da Sociedade Numismática Brasileira para que você possa ir para cada momento de interesse do vídeo:
Identificação de cunhos
O palestrante, Alexandre Costa, fala sobre como conseguiu identificar 65 cunhos diferentes através de moedas e contatos. Ele também menciona que conseguiu identificar exatamente as moedas para as quais seis desses cunhos foram usados. 6:29
Estudo contínuo
Alexandre destaca que ainda há muito a ser estudado e trabalhado no campo da numismática. 6:50
Moeda rara
Ele mostra um cunho de reverso de uma moeda muito rara de Minas Gerais, datada entre 1727 e 1734. No entanto, ele ainda não conseguiu descobrir a data exata em que essa moeda foi cunhada. 7:01
O que é um cunho
Alexandre explica que os cunhos são peças metálicas usadas para marcar moedas. Eles possuem imagens ou signos gravados e são feitos de materiais resistentes como bronze, ferro ou aço. 7:27
Materiais dos cunhos
Ele menciona que os cunhos mais antigos no Museu Nacional, até 1831, são todos feitos de ferro fundido. 8:39
Processo manual
Alexandre fala sobre o processo manual de cunhagem, onde o cunho de reverso costumava ser o que recebia os golpes diretamente. 8:59
Pesquisa e estado dos cunhos
Alexandre Costa menciona que 30 a 40% dos cunhos no Museu Histórico Nacional estão em um estado que torna difícil identificá-los. 12:39
Surpresas e identificação
Ele fala sobre as surpresas que surgem durante a pesquisa, como a identificação de um cunho de anverso de uma moeda muito rara de 1828 da Bahia. 13:16
O que é um punção
Alexandre explica o que é um punção, uma ferramenta usada para criar cunhos, e descreve as técnicas e ferramentas usadas pelos gravadores. 13:49
Técnicas e ferramentas
Ele descreve as técnicas e ferramentas usadas pelos gravadores, como compassos e cinzas, para ajudar a traçar círculos ou manter a retidão em legendas e símbolos. 14:04
Diferenças de estilo
Alexandre destaca que, mesmo quando os artistas tentam copiar um design, as moedas podem acabar sendo muito diferentes devido ao estilo individual de cada artista. 14:39
Descobertas principais
Ele menciona que as principais descobertas até o momento não são as que ele mostrou, sugerindo que há mais a ser revelado no futuro. 18:16
Raridades e descobertas
Alexandre destaca algumas de suas principais descobertas, incluindo um cunho de uma moeda muito rara de 1734. Ele também fala sobre a raridade de algumas variantes e como isso pode afetar o valor das moedas. 21:13
Rachaduras e defeitos
Ele discute como as rachaduras nos cunhos podem afetar a qualidade das moedas e como isso é um indicativo do número de moedas que podem ter sido cunhadas com um determinado cunho. 23:09
Créditos e contribuições
Alexandre dá crédito ao numismata Giovani Micelli Puperi e menciona que ainda há muito a ser descoberto no campo da numismática. 23:21
Estado de conservação dos cunhos
Alexandre Costa fala sobre a dificuldade de identificar cunhos devido ao seu estado de conservação. Ele menciona que muitos cunhos no Museu Histórico Nacional estão em um estado que torna difícil identificá-los. 24:10
Carimbos e barras de ouro
Ele discute a teoria de que os carimbos eram usados a quente nas barras de ouro, o que daria às barras um aspecto de porosidade. 1758:00
Aspecto de porosidade
Ele observa que as barras de ouro com carimbos de Minas também têm um aspecto de porosidade, o que não acontece nas moedas. 29:18
Técnicas de cunhagem
Alexandre fala sobre as diferentes técnicas de cunhagem, incluindo o uso de carimbos a quente e a pressão da prensa. 30:19
Cunho de sabará
Alexandre apresenta um cunho de Sabará que foi utilizado de 1817 a 1819. Ele menciona que este cunho é quase tão comum quanto o anterior de Sabará. 30:34
Agradecimentos
Ele agradece a todos que ajudaram em sua pesquisa e menciona que ainda há muito a ser descoberto no campo da numismática. 34:17
Modo de uso dos carimbos
Alexandre Costa fala sobre os diferentes modos de uso dos carimbos, incluindo o uso manual e o uso de balancins. Ele menciona que os carimbos de Cuiabá e Mato Grosso foram provavelmente feitos com balancins devido à sua perfeição. 40:58
Falsificações
Ele destaca que há muitas falsificações de carimbos, especialmente aqueles com legendas por extenso como "Cuiabá" e "Mato Grosso". 42:02
Trabalho futuro
Alexandre menciona que ainda há muito trabalho a ser feito na área da numismática, incluindo a identificação de falsificações e o estudo de diferentes técnicas de cunhagem. 42:37
Dificuldades de identificação
Alexandre Costa fala sobre as dificuldades de identificar a origem de certos cunhos e moedas, especialmente devido à falta de registros e informações. 42:44
Questões de procedência
Ele menciona que há lacunas informacionais sobre a procedência de certos cunhos e moedas, tornando difícil recuperar essas informações. 45:01
Registros de visitação
Um participante pergunta se há registros de quem visita os cunhos no museu, e Alexandre responde que hoje em dia há registros mais detalhados. 45:23
Qualidade dos materiais
Alexandre fala sobre a qualidade dos materiais usados nos cunhos, mencionando que o ferro sueco era considerado de alta qualidade na época. 45:54
Conclusão
Ele conclui que ainda há muito a ser descoberto e estudado no campo da numismática, e agradece aos presentes pela atenção. A palestra termina com Alexandre agradecendo a todos que ajudaram em sua pesquisa e mencionando que ainda há muito a ser descoberto no campo da numismática. 45:26
O que vemos aqui é uma visão fascinante de um mundo que muitos de nós raramente consideram em nossos estudos, mas que faz parte da nossa história, cultura e da numismática brasileira.